Geni Nuñez realiza um “artesanato narrativo” em seu primeiro livro de poesia “Felizes Por Enquanto”. O livro defende que não há uma única forma de se relacionar no mundo. Assim como não há uma maneira certa ou errada de fazer isso. Geni Nuñez explora outras narrativas além dos ensinamentos impostos pela colonização, onde é possível achar beleza no que é diferente.

Além disso, a autora também explora uma nova forma de olhar a vida. Sem preocupação com uma restrição ou uma cronologia: “o tempo em linha reta”. Viver o presente é o importante, pois a vida acontece quando a vivemos. Essa é a ideia de “Felizes por Enquanto”.

Portanto, Geni Nuñez defende que a vida está sempre em movimento e é formada por memórias. Confira um trecho:

“E, na nossa pequenez de imensidão, a gente se frustra, sorri, chora, ama, deseja… Justo porque está viva

Antes ser emocionada que anestesiada”

Geni Nuñez é ativista indígena Guarani e psicóloga. Formada em psicologia, com mestrado em psicologia social, tem doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente, é pesquisadora de pós-doutorado no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP). Geni Nuñez é membro da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP), assim como assistente da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY).