Para comemorar o mês do Orgulho LGBTQ+, Given é uma ótima recomendação para todos, sejam otakus amantes de animes ou não! 

Mas, antes de começarmos, segue a sinopse do anime:

Por algum motivo, a guitarra que ele amava tocar e o basquete que ele adorava jogar perderam a graça.

Essa era a vida de Ritsuka Uenoyama até encontrar Mafuyu Sato. Ritsuka tinha começado a perder seu amor pela música, mas ao ouvir Mafuyu cantar pela primeira vez, a canção ecoou em seu coração e a distância entre os dois começou a encurtar.

Assim, com muita música, riffs de guitarra e viradas na bateria, Given é um anime que sabe retratar a jornada de autodescoberta e concretização e aceitação, tudo rumo ao amor

Trama além da banda 

Se passando em um contexto musical, ou melhor, na formação de uma banda, o anime não perde tempo em fazer bom uso dos elementos musicais a sua disposição.

Quanto a tais elementos, o publico não fica perdido, uma vez que um dos protagonistas – Satou – busca aprender e ser um dos melhores músicos. Dessa forma, o próprio personagem funciona como um guia para o entendimento desses elementos.

Falando em protagonistas, é imprescindível não se divertir com a relação entre Ritsuka Uenoyama e Mafuyu Sato. A dupla tão oposta já mostra química desde o começo e desenvolve-se muito bem ao longo da trama.

E quanto a trama em si, ela felizmente sabe aproveitar cada cena, tendo uma autoconsciência de seu curto tempo (apenas 11 episódios) e por isso não enrola mas não se perde. Assim, a história está em constante desenvolvimento, enquanto conquista mais e mais o público no seu decorrer. 

Outro ponto positivo para sua construção está no pequeno núcleo principal. Isso é, apenas quatro personagens são de fato aprofundados e movem a história em conjunto, como uma verdadeira banda!

Por fim, a trama acerta em sua narrativa mesmo não sendo linear, mas sabendo promover a conversa entre presente e passado, bem como a continuidade entre seus episódios. 

Um show de música e animação

Given acerta em muitos pontos quando se trata de questões mais técnicas.

É notável desde seus traços harmônicos e sua animação detalhada o quão esta busca capturar cada movimento de tocar os instrumento.

Outro ponto interessante é a sua fotografia e palhetas de cores que acompanham o andar da história.

Contudo, o maior destaque está na sonoplastia e nos efeitos sonoros tão realistas que iludem o público, fazendo-o acreditar que está de fato ouvindo um verdadeiro instrumento musical. Assim, em outras palavras, cada corda que se toca é soada com perfeição. Cada batida é ritmada e quando a banda toca em conjunto: é sensacional!

Além dos efeitos, às músicas que acompanham a trama são instrumentais com uma pegada a lá jazz ou blues, ou também riffs que assumem o protagonismo musical e casam perfeitamente com suas cenas.

Imagem: Reprodução

Uma indicação para Orgulho LGBTQ+

Given pode ser visto como um conto de amor e autodescoberta. A música é seu cenário e os personagens sabem representar a construção de sentimentos, independente por quem.

Aliás, o anime não poderia ser uma das maiores indicações para a data, visto que sua trama sabe lidar com temas reais, bem como sabe representar o processo de descoberta e auto aceitação referente a atração a outro do mesmo gênero.

Por outro lado, o anime tem o pé no chão e reconhece parte do preconceito da atualidade que ainda existe.

Todavia, se mostra fiel a sua proposta, levantando enfim a pergunta “eu sou estranho?” (no episódio 07 – “Tumbling Dice“), a qual é respondida satisfatoriamente, de modo bem convincente e bem harmoniosa, representando por fim a aceitação social pela orientação sexual.

Portanto, Given é uma ótima reomendação para celebrar o mês do Orgulho LGBTQ+. Seus 11 episódios encontram-se disponíveis na Crunchyroll