“Dark One” é uma história em quadrinhos que tem como fio condutor elementos de fantasia e ficção científica, explorando o conceito de universos paralelos. A HQ 1 da série tem a criação assinada por Brandon Sanderson; a escrita de Jackson Lanzing e Collin Kelly; ilustrada por Nathan Gooden; colorida por Kurt Michael Russell e com letras e design adaptado por Studio Delrey. Assim, um dos princípios da narrativa investiga a questão do que aconteceria se o Escolhido se tornasse o vilão profetizado ao invés do herói.

Resumo da história:

Paul é um jovem atormentado por visões de uma realidade alternativa, um mundo sombrio e de fantasias. À princípio, ele acreditava que eram meras alucinações. No entanto, ao perceber que são profecias de Mirandus, um mundo para o qual está destinado a se tornar um temível destruidor, ele se vê obrigado a confrontar o medo e aceitar seu destino como O Assombroso. Assim, ele adquire a capacidade de ser tanto um salvador benevolente quanto um implacável destruidor. 

Mais sobre o desenrolar da história de “Dark One”: 

Antes de entender mais sobre o que Paul sente e vê, nos deparamos com a vida de um garoto inseguro (título que inclusive ilustra a primeira parte da HQ) e que tem um acompanhamento psicológico com um profissional da área, apesar de ele não ter coragem de revelar os verdadeiros detalhes das aflições que o fazem achar que as coisas não andam bem. As visões perturbam Paul, que não entende o porquê a assombração vinda de tais “sonhos”. 

Além disso, existe a personagem Nikka, que sempre o acompanha , que acaba parecendo ao leitor com um fantasma, que apenas Paul enxerga e também conversa. A princípio, não entendemos sobre quem ela é e qual o papel dela no meio de toda a história.

Com tudo isso, outro aspecto que nos fica em evidência é a relação conturbada e afastada com a mãe, que é uma advogada que cuida de casos bastante específico e, inclusive, é reconhecida por ser muito boa no que faz (essa passagem me lembrou um pouco do filme “O Advogado do Diabo”, dirigido por Taylor Hackford e estrelado por Al Pacino e Keanu Reeves). 

Reprodução: Capa da HQ "Dark One" / Faro Editorial
Reprodução: Capa da HQ “Dark One” / Faro Editorial

Reviravolta na história:

Após um ocorrido, diante das preocupações em relação a essas visões perturbadoras e lutando com sua própria identidade, Paul embarca em uma jornada para descobrir a verdade por trás da profecia que ele descobre e a conexão enigmática entre seu mundo e aquele que ele tem contato em suas visões.

Conforme Paul se aprofunda neste mistério interdimensional, ele descobre a existência de uma força cósmica que une os universos paralelos, influenciando os destinos de seus habitantes entre si. A exploração, que leva ao destino, se torna um elemento importante e emocionante, pois as escolhas são de uma linha tênue, que separa os heróis dos vilões.

O bem e mal são colocados em uma perspectiva diferenciada para o leitor, que provavelmente tem uma visão única sobre como essas temáticas são abordadas nas obras. Isso tudo, convida o leitor a se questionar.

À medida que “Dark One” avança em sua história, a jornada de Paul se desdobra em uma história complexa, com outros personagens que vão mudar a maneira de entendimento e dar novas ideias sobre o que é verdade dentro disso. A mãe do protagonista também tem um papel bastante importante para conduzir o que acontecerá através de cada página 

Assim, misturando ação, mistério e temas filosóficos, temos a obra final. É um conto de autodescoberta e a busca incansável da verdade diante de desafios assustadores na batalha entre a luz e as trevas nas 224 de “Dark One”.