Como menciona a crítica do filme (Jack, o Estripador – A história não contada) – aqui no portal -, Jack foi um dos primeiros assassinos em série de sua época. Devido a isso e o aumento na circulação de jornais, despertou o interesse de estudiosos, curiosos e inspetores em sua busca. Primeiramente, porque a época (final do século 19) tinha seus limites, como o DNA ainda não ter sido descoberto e portanto não ter sido usado para análises comparativas. Com isso, o perfil permaneceu anônimo. E foi preenchido com falsas especulações.
A polícia recebeu centenas de cartas que se intitulavam como sendo de Jack, o estripador (seu pseudônimo). Porém, não conseguiram provar que se tratavam mesmo dele. Ainda em tempo, em uma tentativa de conter os ataques e por não acreditar na competência da polícia, a comunidade chegou a formar o Comitê de Vigilância de Whitechapel.
Em princípio, formado por homens de negócios locais que patrulhavam as ruas londrinas junto à polícia, o grupo era de voluntários que temiam pelo seu comércio e sua segurança.
Crimes de Jack, o estripador
A quantidade de vítimas ligadas a ele é incerta, pois havia uma ocorrência frequente de ataques a mulheres em East End – onze homicídios de 1888 a 1891. Entretanto, cinco crimes atualmente são vistos como relacionados a Jack, o Estripador e nomeados como as cinco canônicas.
Em sua assinatura como serial estão cortes profundos na garganta, abdômen e áreas genitais, assim como a remoção dos órgãos internos e mutilações faciais. Devido à habilidade com a faca, por um tempo médicos, açougueiros e cirurgiões foram suspeitos, e amplamente interrogados.
Posteriormente, porém, alguns pensaram que os crimes próximos aos finais de semana e feriados indicavam que ele era um trabalhador com emprego regular. Também circulou a teoria de que fosse um aristocrata. Todavia, o temor de que ele podia ser qualquer um na cidade (ou fora dela, devido ao acesso da cidade ao cais) levantava hipóteses diversas sobre sua identidade. Uma sombra à espreita da comunidade superpopulosa de Whitechapel.
Motivações
Sem saber sua identidade e, portanto sua história, os pesquisadores atuais não chegam a um consenso verídico acerca das motivações de Jack, o estripador. Abaixo estão reunidos alguns documentários, inclusive na Netflix, em que pode-se analisar as mentes de outros serial killers, e relaciona-los ao Jack.
Cenas de um homicídio: Uma família vizinha – (sinopse) Usando materiais de filmagem em primeira mão, este documentário analisa o desaparecimento de Shanann Watts e suas filhas, além dos terríveis acontecimentos posteriores.
O desaparecimento de Birgit Meier – (sinopse) O caso do desaparecimento de Birgit Meier, em 1989, ficou marcados pelos erros da polícia. Mas seu irmão nunca desistiu de lutar pela verdade.
Atualmente
A identidade de Jack sempre foi motivo para curiosidade. Na internet existem dezenas de páginas especializadas no assunto. Mais recentemente, dois pesquisadores do Journal of Forensic Sciences afirmaram que se trata de Aaron Kosminski, um barbeiro polonês que vivia perto de Whitechapel. Não existe, porém, consenso entre as várias partes dessa investigação. Os críticos alegavam que as amostradas poderiam estar contaminadas.
Historiadores levantaram a hipótese de que o assassino na verdade seria uma mulher. Porém, mais uma vez não há consenso para a possibilidade, já que o resultado nunca foi conclusivo de que o DNA coletado fosse de fato de uma mulher.
O site Jack the Ripper 1888 traz uma lista com mais de 10 suspeitos. Entretanto, em quase todos os casos faltam elementos chave para chegar ao autor real dos homicídios.
Enfim, que resta dizer é que todos esses fatos mantém a lenda do Jack, o Estripador acesa e inundando a mente e o cinema com as mais mirabolantes histórias.