Kendrick Lamar acabou com a ansiedade do públicio e lançou um dos mais aguardados álbuns dos últimos cinco anos. O álbum Mr. Morale & the big steppers é o primeiro disco desde o vencedor do Pulitzer Damn, de 2017.

O projeto conta com 18 faixas falam sobre o mundo, sem deixar de lado os detalhes sobre Lamar.

Mais uma vez Lamar trouxe seu lirismo característico, agora levando ao ouvinte a visão do cantor longe dos palcos. Em Mr. Morale & the big steppers, Lamar passa do bloqueio criativo que teve durante o hiato entre o último álbum e o atual lançamento, até um episódio triste de assédio sexual que sofreu na infância.

Desta forma, no novo álbum, Lamar utiliza histórias próprias para trabalhar temas coletivos de relevância.

Lamar em projeto anterior
Reprodução/Twitter

Ao mesmo tempo que trata a ausência do próprio pai como uma reflexão sobre a forma como o povo negro se porta, ele támbem discute homofobia e masculinidade frágil.

Além disso, o cantor traz a pandemia e o negacionismo quanto a ciência. Do mesmo modo, o álbum parece ser fruto do mais íntimo de si mesmo, em que ele se coloca em posição frágil mas também indestrutível.

O disco viaja do jazz ao trap através das faixas e surpreende em qualidade. Sem deixar de lado o conceito, desde o piano, às menções claras a elementos presentes na capa do disco, até às participações especiais.

Entre elas, Baby Keem que é primo de Lamar, além de artistas como Kodak Black, Sampha, Beth Gibbons, da banda Portishead.

Assim, Lamar acerta muito mesmo com a audácia de fazer um disco longo. Enquanto toca em assuntos sensíveis, ele experimenta musical e criativamente.