O hábito de ler na primeira infância (1 aos 6 anos) pode formar adultos com maior autoconhecimento. Isto é, ajudar a entender o desenvolvimento das principais emoções e valores, como amizade, respeito, empatia e fraternidade. A ativação da atividade desde cedo torna tudo mais fácil. Dessa forma, os pequenos passam a refletir e entender melhor o mundo que os cerca. O projeto pedagógico que visa à alfabetização precisa incluir a leitura como ferramenta essencial. Ela é uma forma de melhorar a comunicação e despertar o interesse pelos estudos.

Nessa fase, a leitura pode contribuir não apenas para o desenvolvimento educacional, como melhorar a compreensão e escrita após a alfabetização. Mas também ajuda as crianças a analisar as emoções, entender a mensagem passada pela obra, assim como facilita a formação de conceitos importantes. A ativação da criatividade da primeira infância contribui para a formação de adultos mais bem preparados emocionalmente, tanto para a sociedade quanto para o ambiente familiar.

A inteligência emocional é a forma adequada com a qual uma pessoa gerencia suas emoções. Por isso, ela precisa começar a ser trabalhada logo: “Histórias narradas, com suas rimas, melodias e ritmos, despertam interesse pela língua, o que as tornam mais receptivas à leitura e à escrita. Além disso, expõem as crianças a diferentes estruturas textuais, o que as prepara para os desafios da comunicação oral e escrita que encontrarão ao longo da vida”, explica a pedagoga e pós-doutora em educação Marta Chaves, que também é a vice-presidente do instituto Formando Leitores.