Almerinda Farias Gama (1899–1999) foi pioneira do movimento sufragista no Brasil e, por muito tempo, desconhecida. A história dos movimentos feministas e sindicalistas no Brasil não cita Almerinda como figura influente. A obra de Cibele Tenório intitulada “Almerinda Gama: A Sufragista Negra” resgata a trajetória pioneira dessa mulher tão importante para nossa história.
Almerinda atuou na defesa dos direitos trabalhistas, tendo presidido o Sindicato dos Datilógrafos e Taquígrafos do Distrito Federal. Além disso, foi uma das delegadas eleitoras na Assembleia Nacional Constituinte de 1933, sendo a única mulher a votar como delegada classista.
Como sufragista, foi parte da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), em um momento em que a participação política era predominantemente branca, masculina e de elite. Além da militância, Almerinda Farias Gama foi advogada, jornalista, poetisa e cronista. Dessa forma, ela usava os jornais para promover o feminismo e as causas trabalhistas.
Resultado desta pesquisa: “Almerinda Gama: A Sufragista Negra”, de Cibele Tenório mostra não apenas seu pioneirismo na área, mas também as outras faces dessa mulher com uma história tão fascinante e que se confunde com a história do Brasil.
Sobre a autora
Cibele Tenório é doutoranda e mestra em história pela Universidade de Brasília (UnB) e estuda o sufrágio feminino e o ingresso das mulheres na política brasileira. Desde 2005, atua como repórter, roteirista, produtora, editora e apresentadora. Em 2024, venceu o Prêmio Todavia de Não Ficção 2024.
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