Maníaco de Nova York. Um maníaco desumano, invencível e imparável. A narrativa que chega a arrepiar, com uma história em quadrinhos criada por Elliott Kalan e Andrea Mutti, que fala além de um assassino em massa, mas trata de uma metáfora sobre os princípios humanos e as atrocidades muitas vezes normalizadas pelo costume e o desinteresse sobre o que está acontecendo de ruim ao próximo.

Resumo da história:

São tantos anos sofrendo ataques pontuais, que as pessoas se acostumaram com os ataques do maníaco de Nova York. Por isso que a solução das autoridades foi simplesmente ignorá-lo e deixar os nova-iorquinos se adaptarem a um mundo onde a morte pode atacar a qualquer momento. O escritor ganhador do Emmy, Elliott Kalan (The Daily Show, MST3K, Homem-Aranha e X-Men), e o artista Andrea Mutti (Batman, Hellblazer e DMZ) trazem uma história em que o terror se torna o novo normal.

No entanto, quando o monstro começa uma matança em uma nova linha do metrô, a assessora do prefeito Gina Greene e a detetive Zelda Pettibone têm a missão de impedi-lo. Um conto assustador sobre assassinato, obsessão e vida urbana. 

Mas como vencer um monstro quando elas não têm o apoio real nem da Prefeitura? Não é só uma história sobre assassinatos impiedosos e aleatórios. Tem muito mais por trás disso. 

Reprodução: Capa da HQ "O Maníaco de Nova York"
Reprodução: Capa da HQ ” Maníaco de Nova York”

Mais detalhes sobre a história de “Maníaco de Nova York”: 

O protagonismo vai para as mulheres e além disso, traz um certo humor ácido para a personagem Zelda, elemento pouco explorado nas histórias em geral e que deixa a narrativa muito mais envolvente. A história é bastante sangrenta e leva o leitor para uma montanha russa de emoções, pois apresenta cenas de impactos com muitas mortes, mas ao mesmo tempo vem com uma avalanche de reflexões. 

Em especial, o que se destaca é exatamente a maneira que os assassinatos são tratados, como algo que é realmente muito normal e como o poder maior (o governo) não tem a preocupação com as vidas das pessoas, mas sim visa bens materiais. 

Mas há também como a população reage à vida do próximo. A história envolve duas mulheres que se unem para tentar encontrar o assassino e se encontram surpreendidas diversas vezes do começo ao fim. 

Sensações durante a leitura: 

Confesso que me surpreendi muito (positivamente), pois estava esperando um tipo de história e veio algo que foi muito além das minhas expectativas. Em pontos muito específicos me lembrou o filme V de Vingança, mas no caso do maníaco de Nova York, ele ataca diversas pessoas inocentes e não se entende o porquê disso. 

As metáforas que são utilizadas podem de fato se aplicar ao que conhecemos do “mundo real” que estamos inseridos. A histórias certamente se inspira nisso. 

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