O filme Maníaco do Parque chega nesta sexta-feira (18) no Prime Video. O longa é aguardado para quem gosta de acompanhar enredos baseados em histórias reais. A história é inspirada em um caso verídico de um motoboy que foi condenado por atacar 23 mulheres em São Paulo. Confira tudo que sabemos sobre a produção, além de informações sobre o caso real. 

Maníaco do Parque no Prime Video

Após 25 anos, a história real chega ao Prime Video. Apesar de se inspirar em eventos reais, o enredo mistura a história do Maníaco do Parque com uma subtrama fictícia. No filme, a jornalista Helena Pellegrino, interpretada por Giovanna Grigio, é a grande responsável por investigar os crimes de Francisco. Além disso, conhecemos a irmã de Helena, a psicóloga Martha, interpretada por Mel Lisboa. No entanto, nenhuma dessas pessoas existiu de verdade.
Maurício Eça, conhecido por “A Menina Que Matou Os Pais“, dirigiu o longa-metragem, enquanto L.G. Bayão escreveu o roteiro. O elenco também conta com atores Marco Pigossi, Xamã, Augusto Madeira, Christian Malheiros e Bruna Mascarenhas,

História real do Maníaco do Parque

Maníaco do Parque chega no Prime Video
Cena do filme Maníaco do Parque, que vai dramatizar caçada ao serial killer brasileiro | Foto: Divulgação

O homem que ficou conhecido como Maníaco do Parque após uma série de crimes praticados, no Parque Estadual Fontes do Ipiranga, em São Paulo, mais conhecido como Parque do Estado, é Francisco de Assis Pereira. Ele recebeu uma condenação de mais de 260 anos de prisão. 
Para abordar suas vítimas, Francisco, que trabalhava como motoboy, se passava por um agente de modelos e caça-talentos, atraindo jovens mulheres de baixa renda. Ele as convidava para ensaios fotográficos na mata e, em seguida, as levava para o interior do parque, onde cometia os crimes.

Francisco confessou ter assassinado 11 mulheres, mas apesar disso, foi condenado e respondeu por sete crimes. O tribunal o julgou por homicídio qualificado, estupro, ocultação de cadáver e atentado violento ao pudor. Conforme relatos de sobreviventes, ele era extrovertido e usava seu carisma para conquistar a confiança das vítimas, todas jovens com idade de até 24 anos.

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Investigação e prisão

Em julho de 1998, a polícia encontrou os corpos de seis mulheres no parque, e o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) começou a suspeitar que um único autor estivesse por trás das mortes. As autoridades encontraram todas as vítimas despidas e apresentando sinais de violência sexual.

Sobreviventes ajudaram a identificar Francisco ao fornecer informações que permitiram a elaboração de um retrato falado. A polícia o prendeu em agosto de 1998, 23 dias após a divulgação do retrato, em Itaqui, a 731 km de Porto Alegre.

Francisco permanece encarcerado em um presídio no interior de São Paulo. Embora o tribunal tenha condenado Francisco a mais de 260 anos de prisão, a legislação brasileira impede que uma pessoa permaneça presa por mais de 30 anos. Portanto, as autoridades devem soltar o ex-motoboy em agosto de 2028, de acordo com informações divulgadas no portal G1.

Conheça mais três casos de true crime de grande repercussão no país:

Suzane Von Richtofen

Em 2002, o tribunal condenou Suzane Von Richtofen por mandar assassinar seus pais, Manfred e Marísia Von Richthofen. Ela tinha 18 anos quando cometeu o crime ao lado de seu namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele, Cristian Cravinhos, assassinou seus pais com golpes de barra de ferro na cabeça. Ela foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão. Atualmente Richtofen está casada e vive em Bragança Paulista com seu marido e seu filho. Ela deixou de usar o sobrenome de batismo e adotou o sobrenome de seu companheiro. Uma adaptação da história real também virou filme no Prime Video, Carla Diaz interpretou Suzane.

Elize Matsunaga

Em 2012, Elize Matsunaga foi presa após assassinar o marido, Marcos Kitano Matsunaga. Ele sofreu um tiro na cabeça e, para tentar esconder o crime, Elize esquartejou o corpo e colocou os restos mortais de Marcos em malas.

Em 2019, após a apelação de sua defesa, o tribunal condenou Elize a 16 anos e 3 meses de reclusão por homicídio doloso triplamente qualificado, destruição e ocultação de cadáver. Em maio de 2022, ela obteve o direito de cumprir a pena em regime aberto.

Desde então, ela atua como motorista de aplicativos. Elize tem utilizado o nome de solteira após deixar o cárcere: Elize Araújo Giacomini. A Netflix conduziu a adaptação do caso verídico para uma série documental de quatro episódios intitulada: Elize Matsunaga: Era uma Vez um Crime.

Goleiro Bruno

O ex-goleiro do Flamengo, Bruno Souza, cometeu um crime que chocou o Brasil em 2010. O tribunal condenou Bruno a 22 anos de prisão pelo assassinato de Eliza Samúdio, e ninguém nunca encontrou o corpo dela. Bruno está em liberdade condicional desde janeiro de 2023.  Atualmente, ele trabalha como entregador de móveis na cidade de Rio das Ostras, no litoral do Rio de Janeiro. Por fim, a Netflix também produziu um documentário sobre o caso, que estreou em setembro deste ano.