Lançado nessa temporada de Verão de animes, “Minha esposa não tem emoções”, mostrou-se um anime simples mas gostoso de assistir. Afinal namoro de humanos e robôs não são novidades nem no mundo real, quem dirá na ficção, mas aqui temos sim um anime de romance bom e divertido. Vamos agora para analise.

O anime mostra um possível futuro que iremos enfrentar com a vinda das I.A. Principalmente do lado oriental do mundo, onde homens já se casam com seus personagens de jogos de romance, ou até com hologramas da Hatsune Miku. Essa é primeira questão positiva da animação, mostrando um mundo igual o nosso, mas que a inteligência artificial já ajuda muito as pessoas das grandes metrópoles, contudo isso quase não aprece no anime, o foco é a convivência dos personagens.

Indo agora para trama, nosso protagonista se chama Takuma, um jovem trabalhador que teve uma decepção em sua vida amorosa. Completamente derrotado, ele compra uma Robô domestica para ajudar a fazer sua comida. A robô chamada Mina não possui expressões faciais (por isso o nome do anime). Também não parece um humano perfeito, tendo do pescoço para baixo metal a mostra.

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Imagem: Crunchyroll

Takuma extremamente solitário acaba pedindo para que Mina se torne esposa dele. A robô simplesmente obedece e busca como uma esposa se comporta. Assim começa os primeiros episódios, onde vemos uma cena realmente triste da solidão de Takuma, onde ele tenta “conquistar” Mina e espera retribuições desse afeto. A magia do anime encontra-se aqui, pois ao invés de vermos somente tristeza ou vergonha, o roteiro divertido acaba mostrando-se leve com as situações cotidianas de Takuma.

Uma família completa

Imagem: Crunchyroll

Indo além, conseguimos perceber o lado da Mina das situações, inclusive com episódios focados totalmente nela. Onde ela realmente aparenta querer Takuma como seu esposo além do fato de ser uma “propriedade dele”. Nesse ponto o desenvolvimento do anime só aumenta, principalmente com a chegada do “filho” deles, que é um mini robo originalmente controlado pela Mina, mas que acaba desenvolvendo uma autoprogramação a partir das falas de Mina com Takuma.

Falando agora de Mamoru, o mini robô filho. Ele tem a consciência de uma pequena criança e precisa literalmente aprender suas funcionalidades, restando a Mina ensina-lo. É muito engraçado ver a interação deles, Mina parece sempre perder a paciencia com ele, mas Takuma está la para ajudar em toda situação, contruindo realmente um elo familiar.

O anime tem poucos coadjuvantes, mas muito bem colocados. Sendo destaque a “Supa Mina” uma versão 2.0 da série Mina, que parece uma humana de verdade, inclusive com expressões. Ela e seu dono que é uma criança interagem com Mina e Takuma, sendo fundamentais para explorar o passado da criação da Mina, muito bem desenvolvido por sinal.

Por fim temos os pais de Takuma, que seria a “ultima barreira” para que eles fossem enxergados como casal. A interação deles é muito boa, mostrando que naquele ponto tanto Takuma quanto Mina querem ficar juntos do jeito que estão. Takuma não aceitaria uma Supa Mina no lugar da sua e Mina não quer aceitar outra pessoa como sua “dona” se não for Takuma.

Vale a pena?

Se você gosta de conteudos como o filme “HER” ou animes como o clássico “Chobits” certamente vai adorar esse aqui. Fica evidente que resolveram explorar de uma forma divertida a solidão e como as pessoas buscam escapar dela. Mostrando que mesmo amando um robô, esse robô precisa ser único e insubstituível, para fazer sentido. Ainda mostrando que existem limites para o amor entre humano e robôs, contudo vale a pena se te faz feliz e menos solitário.

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Imagem: Crunchyroll

O anime está completo com 12 episódios e indica que não haverá mais temporadas na Crunchyroll, legendado. Perfeito para amantes de animes curtos, por isso pode dar uma chance.

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