Neste domingo (3), a escritora nacional Lygia Fagundes Telles morreu, aos 98 anos, em São Paulo. Integrante da Academia Brasileira de Letras desde a década de 80, a autora foi a terceira mulher eleita para ocupar a cadeira. Segundo fontes, Lygia faleceu em casa, de causas naturais.
Conhecida como “A dama da literatura brasileira”, em 2016, aos 92 anos de idade, tornou-se a primeira mulher brasileira a ser indicada ao prêmio Nobel de Literatura.
Além de uma carreira literária que lhe rendeu diversos prêmios, como o Camões (2005) e o Jabuti (1966, 1974 e 2001), ela tem obras traduzidas para o espanhol, francês, italiano, alemão, polonês, português de Portugal, sueco e tcheco, sem contar suas contribuições para o cinema, teatro e televisão.
Suas obras mais populares são os romances “Ciranda de Pedra” (1954), “As Meninas” (1973), e os livros de contos como “Antes do Baile Verde” (1970) e “A Noite Escura e Eu” (1995).
Lygia Fagundes Telles foi casada com Paulo Emílio Salles Gomes, um dos mais importantes críticos nacionais. Após a morte do marido em 1977, a escritora presidiu a Cinemateca Brasileira. A paulistana teve, em sua carreira, o incentivo dos amigos e escritores, Carlos Drummond de Andrade e Érico Verissimo.