My Hero Academia Temporada 6 – Parte 1 | Análise

O grande sucesso de My Hero Academia a sua temporada 6.

O anime que adapta a obra de Kōhei Horikoshi – Boku No Hero Academia, no original – e encontra-se na sua 6 temporada. No entanto, My Hero Academia normalmente divide suas temporadas em duas partes/arcos. Portanto, nada mais justo que analisar este novo arco, certo?

Mas antes de tudo, para contextualizar, segue a sinopse:

Em um mundo em que 80 % da população adquiriu poderes sobre-humanos (aqui, conhecidos como individualidades). 

Porém, o fanboy de super heróis, Izuku Midoriya é um dos poucos casos de pessoas sem nenhuma singularidade. Apesar da falta de poderes, Midoriya ainda sonha em se tornar um herói. 

Quando todas suas esperanças estavam para acabar, o grande numero 1, All Might, reconhece o espírito heroico do jovem e então lhe oferece seus poderes em segredo para então ajudá-lo a entrar na Escola de Academia de Heróis e, logo, torná-lo no novo maior super herói de todos os tempos. 

Após tantos desafios, a sexta e nova temporada segue as consequências do último arco de sua temporada anterior. 

Com Hawks infiltrado no agora Fronte de Libertação Sobrenatural (antigo Exército da Libertação agora liderado pela Liga dos Vilões de Shigaraki), foi possível descobrir as bases em que os vilões atuavam.

Dessa vez, chegou a hora de todos os heróis e alunos agirem e acabarem com a ameaça o quanto antes.

Dessa maneira, com a parte 1 da temporada 6 de My Hero Academia começando logo de onde a anterior parou, resta a dúvida: será que esse novo arco acerta tanto quanto seus antecessores?

Um Começo (não tão) Tranquilo

O sexto ano de My Hero Academia começa logo com o primeiro episódio denominado “Um Começo Tranquilo”.

O fato do primeiro episódio receber esse nome já é um gatilho para altas expectativas do que vem pela frente, ainda mais ao apresentar logo no mesmo episódio tanta agitação e adrenalina. Portanto, ao criar essa expectativa pode ser visto como um erro para alguns.  Não que elevar as expectativas para os próximos episódios seja algo ruim, mas convenhamos: na maioria dos casos, é muito difícil superá-las.

No entanto, My Hero Academia consegue não só bater de frente com as expectativas, como também as superam ao apresentar inovação em sua história.

Em outras palavras, o anime se supera em poucos minutos de temporada e mantém o alto nível ao longo dos episódios.

Se no começo o público é contextualizado de tudo o que está acontecendo, em poucos minutos já somos apresentados a forma como este arco se desenvolverá. Bem, pelo menos é o que o anime faz parecer.

Desafios em Funil

A princípio, o anime finalmente enfrenta as consequências dos arcos anteriores que trouxeram até aqui, sejam em forma de detalhes ou de eventos ou de personagens e movimentos. Resta a My Hero Academia trabalhar com a difícil missão de conciliar a atenção em tantos núcleos importantes, cada um configurado por heróis profissionais, estudantes e até mesmo os vilões, cada um com suas respectivas urgências.

Contudo, o desafio é logo superado: a trama consegue harmonizar com êxito as dinâmicas das novas equipes, apresentar as diferenças urgências e obstáculos de cada lado.

Resumidamente, é realizado uma estratégia de funil, ou seja, diversos núcleos que caminham rumo a colisão para um resultado final. Cada parte tem seus respectivos desafios que começam a se entrelaçar mais e mais, até afunilar ao ápice do conflito em um único cenário.

Ainda, vale ressaltar como My Hero Academia acerta tanto no desenvolvimento de seus personagens. Até aqueles que estão sendo apresentados agora, tornam-se ícones que levaram o público à loucura.

Por fim, o novo arco caminha freneticamente e desenvolve-se de modo a fazer os fãs quererem engolir este arco ferozmente.

Individualidade autêntica de My Hero Academia

Outro ponto que agrada e leva o público a adorar o anime está no modo como o mesmo consegue administrar suas cenas juntamente com sua animação.

O dinamismo das cenas intercala sem repetição. Em outras palavras, por exemplo, quando alguém irá atacar, pode ser o mesmo movimento, mas ainda há inovação em como este é apresentado. Dessa forma, o anime não causa nenhum estranhamento ou cansaço. Pelo contrário, ele conquista e reconquista.

Isso também se dá a autenticidade de My Hero Academia: desde 2016, o anime mostra sua assinatura na animação, ao mesmo tempo em que a atualiza conforme a chegada de novas tecnologias.

O desenvolvimento das cenas é tão bem encaixado que não chega a ser um “corte seco” quando muda o núcleo. Ao contrário, essas transições são bem construídas e fluem quanto pela animação em si.

Contudo, no aspecto narrativo, essas transições podem apresentar um problema:

Um novo vilão?

Certo, o anime até agora, foi bem elogiado. Isso levanta o questionamento: há alguma falha?

Pois o arco 1 da sexta temporada de My Hero Academia tem um vilão sim, e ele não está no Fronte de Libertação Sobrenatural. Aqui o vilão está na quebra do clímax entre os episódios. Como assim?

Bem, lembra-se que comentamos sobre os vários núcleos atuando simultaneamente? Pois então, o problema não está nesses vários núcleos  em si, mas no momento em que ocorre a transição de núcleo A para o B

Até é justificável tais mudanças de foco se pensar na necessidade de segurar o público para os próximos episódios. Porém, não deixa de ser uma breve quebra de clímax ver um momento trágico ser interrompido por um grupo de personagens que apenas conversando com humor, há quilômetros e quilômetros de distância dali.

Entretanto, faz sentido como uma estratégia de segurar a emoção do público e quanto ao desenvolvimento naquele estilo funil que falamos mais cedo.

E ainda, vale apontar que o anime consegue restaurar a emoção de urgência ao retornar. De fato, a sensação de urgência torna-se quase que o protagonista do arco, de tantas vezes que ela está presente.

Afinal, vale a pena assistir a Parte 1 da Temporada 6 de My Hero Academia?

Para essa pergunta só há uma resposta: sim.

A trama desenvolve-se de forma linear e singular, ao mesmo tempo que com muita ação frenética, a qual leva o público a se contorcer na cadeira e se arrepiar todo.

Neste novo arco, há uma reinvenção do estilo do anime, de modo a mostrar o quão sério a história realmente está. Fica claro que a ideia de “heróis sempre vencem no final” é questionada juntamente quanto ao aspecto “o que faz um herói ser herói?”, e isso tudo se deve a um vilão sem correntes, que consegue apresentar uma noção de perigo real e a necessidade de urgência de resolver o problema o quanto antes.

Em outras palavras, para resumir tudo: o arco faz o público questionar se de fato o herói irá vencer e qual será o preço para isso acontecer.

Por fim, a trama apresenta diversas reviravoltas, todas arrepiantes e emocionantes, o que promove um desenvolvimento frenético além de fazer o público ficar com aquele gostinho de quero mais.

Portanto, sem dúvida alguma, vale a pena sim assistir ao novo arco de My Hero Academia, o qual já está disponível na Crunchyroll. Confira o trailer dele abaixo:

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