Muitos filmes dos anos 90 estão ganhando remakes atuais, e o filme O Corvo, 1994 é um deles, com estreia prevista para junho. Aqui vamos abordar a produção original, desde sua produção e os fatos marcantes. Como a morte do ator Brandon Lee, o Eric Draven de 94. O Corvo é considerado um filme cult, devido a trágica morte do protagonista, como também seu estilo gótico na fotografia e figurino, além disso, a produção se mantém fiel aos quadrinhos.
Adaptação dos quadrinhos
A obra de 1994 é uma adaptação do quadrinho de mesmo nome, O Corvo, desenvolvido pelo quadrinista americano James O’barr. A HQ inspirada em uma tragédia pessoal de O’barr ganhou fãs rapidamente. Por sua atmosfera melancólica reforçada pelo estilo gótico foi a fórmula perfeita.
Nada como usar arte de ferramenta para lidar com o luto, O Corvo foi a maneira encontrada pelo quadrinista. Certa similaridade, assim como o personagem, Eric, James perdeu a namorada, morta por atropelamento.
Por isso, a história de amor, luto e vingança conquistou corações de diversos fãs de quadrinhos. Além de repetir o feito quando produzido para as telonas.
Cult e Trágico: O Corvo (1994) marcou o mundo
Inspirado no quadrinho homônimo O Corvo estreou em 1994. Produzido sob a direção de Alex Proyas, com roteiro co-escrito por David J. Schow e John Shirley. Já no elenco estavam Brandon Lee, no auge de sua carreira e Sofia Shinas interpretando o interesse amoroso do protagonista. Juntamente com outros nomes, como Ernie Hudson, Tony Todd, Michael Massee e Michael Wincott entre outros.
Brandon Lee ficou conhecido por seus filmes de ação, e por ser filho da lenda do Kung-fu, Bruce Lee. Seguindo os passos do pai, no cinema fez filmes como Rajada de fogo e Massacre no Bairro Japonês. Ambos os filmes tinham cenas de lutas utilizando técnicas de artes marciais e muita adrenalina.
Consequentemente, com o reconhecimento por seu talento, Brandon Lee foi o ator que deu vida ao personagem Eric Draven, em O Corvo (1994). Assim sendo seu último trabalho, que marcou gerações e ainda é até hoje, cultuado e lembrando pela performance, mas também por seu fim trágico.
Como todo bom filme de ação, O Corvo tem diversas cenas de luta corporal, como também cenas de tiroteios, uma delas que mostra o assassinato do personagem principal e sua noiva. A cena gravada finalizou normalmente, mas quando o diretor foi gravar novamente para o flashback do filme, um projétil utilizado para efeito sonoro acabou alojado na pistola.
Então, ao regravar a cena, o ator Brandon Lee foi atingido pelo projétil. O tiro desferido pelo ator Michael Massee que junto a equipe só notou que havia algo errado, quando Brandon, não se levantou com o fim da cena. O ator foi socorrido e levado para o hospital, mas acabou não resistindo aos ferimentos.
Lançamento e curiosidades
Apesar de o longa sofrer essa tragédia, com a benção da noiva do ator, a equipe deu continuidade ao projeto. Assim lançando-o, em 1994. Nos créditos agradecimentos a Brando Lee e sua noiva Eliza que mesmo em luto acreditou que o filme deveria sair.
O ator Michael Massee responsável, pelo disparo da arma, acabou se afastando da atuação por 1 ano. Em entrevistas dizia que nunca iria superar aquilo. Entretanto, mesmo com a morte do ator no set, o ocorrido não foi considerado um crime.
Existem algumas curiosidades que podem ser desconhecidas pelo público. No início do projeto, executivos queriam um musical estrelado por Michael Jackson, mas a ideia foi recusada. Além de Lee, River Phoenix foi considerado para o papel, mas declinou. Uma infeliz coincidência, Phoenix acabou falecendo meses após Brandon. Além disso, outras estrelas de Hollywood como Christian Slater e Johnny Depp eram uma opção para James O’barr.
Ainda falando de nomes do cinema estadunidense, Cameron Diaz, que era uma modelo em 94, fez teste para o papel de Shelly. Entretanto, a jovem de apenas 21 anos não gostou do roteiro.
Para finalizar, o diretor Alex Proyas aponta que Brandon Lee não gostava da maquiagem fresca na hora das filmagens. Assim, Proyas sugeriu que o ator fizesse a própria maquiagem a noite e quando acordasse teria um efeito mais realista.
Redatora em Experiência sob supervisão de Julia Gabriela.