O cinema nacional continua dando o que falar. Depois da indicação de Ainda Estou Aqui ao Oscar, O Último Azul, com Rodrigo Santoro, é sucesso no Festival de Berlim. Denise Weinberg protagoniza o filme, que marca a presença do Brasil na categoria principal após 5 anos. O filme é um dos favoritos da premiação, que ocorrerá no dia 23 de fevereiro. Ele estreia ainda este ano no Brasil.

Gabriel Mascaro (Boi Neon e Divino Amor) dirige o filme, cuja história se passa em um Brasil futurístico e distópico. Nele, Tereza (Denise Weinberg) é obrigada pelo governo a se mudar para uma casa de idosos num local distante. Mas ela se recusa, embarcando em uma aventura pela Amazônia que mudará seu destino para sempre. Também estão no elenco o manauara Adanilo e a cubana Miriam Socarras.

O filme toca em temas sensíveis, como o etarismo, além de ter a Amazônia como pano de fundo, um ambiente que começou a ser explorado pelo audiovisual brasileiro. Em entrevista para a imprensa durante o Berlinale, Santoro afirmou que a produção é inovadora porque contraria os estereótipos que os estrangeiros têm sobre a região e foca na “paisagem humana”. Segundo ele, “O Último Azul mostra uma Amazônia industrial, realista, mas que flerta com o mágico”.

O Último Azul: o queridinho dos jurados

Enquanto isso, o site Screen Daily atualiza diariamente a votação dos jurados do Festival de Berlim. Até esta quarta (19), nove avaliadores de diversas nacionalidades computaram suas notas, que vão de 1 até 4 estrelas. O Último Azul lidera com uma média de 3.4 estrelas, e já ultrapassou os vencedores da última edição, que obtiveram nota 3.1. O musical norte-americano Blue Moon aparece em segundo lugar, com média 2.8.

Assim, O Último Azul está entre os favoritos para receber o Urso de Ouro, principal prêmio do festival. Denise Weinberg também é cotada para o prêmio de melhor atriz. O anúncio dos vencedores acontecerá no próximo domingo, dia 23. Será que vem aí mais um prêmio importante para o cinema brasileiro?