“1984” uma das obras mais famosas do escritor George Orwell, marcou o ano de sua publicação (1949), uma vez que cria um futuro distópico no ano de 1984, onde a população vive uma batalha pela liberdade. O livro é até agora o mais vendido da 71ª Feira do Livro de Porto Alegre. Além disso, sempre está em destaque nas plataformas de vendas, como a Amazon.
Com uma história de ficção, o autor faz uma crítica aos regimes totalitários. Esses regimes buscam o controle não apenas sobre as ações, mas também sobre os pensamentos e emoções das pessoas.
É importante lembrar que Orwell lançou o livro poucos anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, enquanto o mundo ainda se recuperava do trauma causado pelo Nazismo. Mas, além de sua qualidade literária e crítica social, o que torna a obra de George Orwell atemporal e capaz de conquistar tantos leitores, principalmente jovens, atualmente?
Talvez o mais marcante em “1984” seja como ele antecipa fatos do século XXI. George Orwell visou o futuro, o ano de 1984, 41 anos atrás. Mas, ao que parece, se aproximou mais dos tempos atuais, uma vez que as preocupações e tensões da obra são as mesmas de hoje.
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Estamos sempre sendo observados? Qual o limite da conexão?
Na obra, o pânico da vigilância em massa, com o Grande Irmão (sempre observando todos) e as “teletelas” que observam os cidadãos 24 horas por dia. Essas reflexões assustam e levanta uma questão de até onde estamos seguros. Os celulares sempre ligados, coletando dados e, em teoria, capazes de nos monitorar, se assemelham às teletelas. Além disso, a comunicação por meio de telas, algo que só existia nas nossas fantasias, hoje é algo comum e rotineiro. Ver como as tecnologias da época, tidas como algo ficcional, hoje são tão comuns e rotineiras é algo surpreendente.
No livro, o Ministério da Verdade é um órgão do governo totalitário responsável por reescrever a história. Dessa forma, ele adequa a história verdadeira à propaganda do Partido, garantindo que o regime pareça sempre certo e infalível.
Hoje em dia, a facilidade com que narrativas falsas e teorias conspiratórias se espalham nas redes sociais ou então. O negacionismo de fatos já comprovados lembram o enredo da obra, uma vez que a verdade se modifica de acordo com os interesses. Portanto, 1984 se mantém popular porque não é apenas uma crítica a governos totalitários passados, mas também mostra a vulnerabilidade da democracia que coloca a liberdade em risco.
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