Na última quarta-feira (10) estreou o anime Metallic Rouge, na Crunchyroll, sendo este o outro anime comtemática de tokusatsu da temporada de inverno. Confira as nossas primeiras impressões.
Para comemorar o 25º aniversário com estilo, o estúdio BONES anunciou que lançaria o anime Metallic Rouge. Com a direção de Motonobu Hori (Carole & Tuesday), história de Yutaka Izubuchi (Mobile Police Patlabor mecha designer, Star Blazers 2199, RahXephon), o design de personagens de Toshihiro Kawamoto (Cowboy Bebop) e a música de responsabilidade de Taisei Iwasaki (BELLE). Com esse time de peso, fica difícil não entregar uma obra de arte, mas será que Metallic Rouge conseguiu entregar tudo que prometeu? Bom, confira as nossas primeiras impressões.
Sinopse:
“Em um mundo onde humanos coexistem com androides chamados Neans, um grupo conhecido como Nove Imortais se rebela contra a sociedade. Encarregada de se livrar dos rebeldes, uma Nean chamada Rouge Redstar (também conhecida como Metal Rouge) e a investigadora Naomi Orthmann vão para Marte para procurá-los… mas primeiro Rouge quer comer um pouco de chocolate.“
Tokusatsu tech noir
Com uma mistura de ficção científica, linguagem de Tokusatsu, noir e muitas referências, Metallic Rouge conseguiu fazer uma estreia sólida. Além disso, o anime tem grande potencial para ser um dos mais intrigante desta temporada. Neste episódio inicial vemos um estilo diferente e apresentando aos poucos sua história. Ainda assim o anime não entrega de primeira a sua trama, deixando mistérios que provavelmente serão revelados no decorrer de sua temporada.
O clima noir está bem visível no decorrer do episódio, lembrando dos clássicos como Blade Runner e Ghost in the Shell. Chuvas em excesso, uma fotografia escura com iluminação neon, trilha com sintetizadores. Este primeiro episódio vai focar em conquistar o coração de quem gosta deste tipo de obra, ou universo. A parte de ficção científica está lá, mas, bem sutil e funciona ao misturar com um pouco de filosofia. Existe até uma citação a uma das Três Leis da Robótica de Isaac Asimov, podemos esperar que a série trabalhe com as discussões envolvendo androides, de uma maneira mais profunda.
A linguagem Tokusatsu vai ficar para as cenas de luta e cairá muito bem. Mesmo que os envolvidos, nestas cenas, pareçam mais com robôs, ou mechas, o visual e estilo de luta lembrou as séries Kamen Rider. Isso se deve ao fato dos personagens envolvidos lutarem, parecendo que têm poderes e não ser algo tecnológico. Claro que tentam dar uma “explicação tecnológica”, mas pareceu algo meio sem sentido no momento, mas serviu para sanar as dúvidas que puderam ter surgido.
O que esperar?
Visualmente, este primeiro episódio foi muito bom, todos os personagens possuem visuais e características únicas, a ambientação de fundo está bem produzida e não destoa do clima que querem criar. A produção acertou na animação, trazendo um estilo visual bem trabalhado e fluido para a movimentação dos personagens. A trilha sonora ganha um destaque à parte, já que se utiliza de músicas que lembram obras conhecidas do gênero tech noir.
Mesmo misturando diversos elementos, Metallic Rouge conseguiu trazer uma originalidade que deixa uma sensação de querer mais. Com uma produção muito bem animada e diversos mistérios apresentados, a obra pode conseguir se destacar na temporada. Os episódios de Metallic Rouge chegam a Crunchyroll semanalmente.
