Nesta quinta-feira (09), Priscilla Alcântara lançou seu novo álbum de estúdio. Após a mudança de nome artístico para PRISCILLA, o projeto homônimo busca consolidar a nova forma que a cantora se apresenta para o público e reafirmar sua identidade no pop nacional.

Durante coletiva de imprensa, tivemos a oportunidade de ouvir as faixas inéditas e conversar com a artista sobre o processo criativo por trás do disco. “O grande desafio e objetivo do álbum, musicalmente falando, foi fazer um álbum que fosse pop para o cenário atual, mas que carregasse como principal marca autenticidade e novidade”, disse.

Com pouco mais de 30 minutos, “PRISCILLA” conta com 16 faixas, incluindo feats com o Bonde do Tigrão, no single previamente lançado “Quer dançar” e colaboraçções surpresa com Pabllo Vittar e Péricles, nas faixas “10/10” e “Bossa nova”, respectivamente. O álbum apresenta não somente músicas puramente pop, mas também explora elementos de outros gêneros, como bossa nova, funk e até mesmo trap – além de misturar idiomas como inglês e português em algumas músicas.

Mistura de gêneros e referências

Perguntamos a artista sobre essa decisão de transitar entre os gêneros e como foi o processo de construção dessa obra para que o resultado final fosse coeso e satisfatório. “Eu estava em busca de autenticidade, então eu não podia ir direto em uma fórmula ou padrão. Eu precisava começar do zero. Então, eu estava em busca de um som que fosse meu, que me representasse, que fosse pop, que funcionasse hoje, mas que talvez apontasse mais para uma tendência de futuro do que atual”, contou a artista.

“Por ter muito repertório de pesquisa, o som se tornou tão autêntico que você consegue identificar algumas referências, mas tem aquela coisa única. Você não consegue definir baseado em algo que já existe”

Crédito: Kevin Rodrigues

Interlúdios e inspiração em Beyoncé

O álbum é bastante conceitual e possui interlúdios que ajudam a conectar as faixas com maior discrepância na sonoridade. Sobre esse assunto, Priscilla revelou que sua maior inspiração foi o álbum Reinaissance, de Beyoncé.

“Como eu estava trabalhando em um repertório com enredo, eu precisava garantir essas amarras e garantir que não tivessem pontas soltas. Então, eu utilizei esse recuso pra isso. […] A grande sacada da versatilidade é você não se perder nela. E colocando transições a gente mostra que o álbum pode passear por vários gêneros, só que a gente é capaz de musicalmente conectar tudo isso”.

Enredo e álbum como obra completa

Quando questionada sobre a história do álbum e a importância de consumi-lo na íntegra, a cantora revelou que insistiu para que o projeto não tivesse singles antes de seu lançamento. Para ela, algumas pessoas podem julgar previamente uma música, mas mudar de opinião ao ouvi-la como parte de um todo: “Eu sou uma artista de obra. Sendo muito honesta, eu não sou uma artista de singles. Eu me arrependo de ter trabalhado singles nesse álbum, apesar de acreditar que tudo no fim coopera pro bem”.

“Eu fiz esse álbum pra que ele se justificasse pras pessoas. […] A obra foi feita para ser consumida como um todo. Eu tenho certeza que só ouvindo inteiro faz sentido”

Crédito: Kevin Rodrigues

Turnê e próximos passos

Também perguntamos a artista sobre detalhes da nova turnê ela revelou que em “PRISCILLA – A Experiência” irá trazer shows imersivos que contam a história do álbum para as pessoas através de visuais, telões, bailarinos e muita interação com o público:

“Além da performance vocal que todo mundo sempre elogia, agora a gente tem uma estrutura de palco muito íncrivel. […] É um show muito performático com roteiro muito bem amarrado. Eu nunca fiz um show assim”

O álbum “PRISCILLA” já está disponível em todas as plataformas digitais. Ouça: