A ascensão da ficção científica brasileira, impulsionada por essa produtora mineira, representa um marco importante para a cultura nacional, abrindo novas possibilidades para a criação de narrativas e a formação de novos públicos.
A Alfa Centauri Filmes, produtora mineira fundada por Barbosa Ribeiro, está revolucionando o cenário audiovisual do Brasil ao investir em um gênero raramente explorado no país: a ficção científica. Com produções que se destacam por seus orçamentos enxutos e temáticas espaciais, a produtora vem ganhando reconhecimento. Entre seus projetos, o longa Vampiros do Espaço já está em fase de pós-produção. Já Um Corpo e Um Sonho está aprovado pela Lei do Audiovisual e busca captar recursos.
Sobre Vampiros no Espaço
Vampiros do Espaço, um dos projetos mais inovadores da Alfa Centauri, tem como cenário Belo Horizonte e Nova Lima. A trama acompanha uma equipe em uma missão no planeta Tau Ceti-3, onde encontram restos de uma civilização extinta. Porém, durante a viagem de volta à Terra, os tripulantes começam a exibir comportamentos estranhos. Gravado em um cenário de menos de 10 m² e com um orçamento de apenas R$ 14 mil, o filme é considerado uma das produções mais econômicas do gênero no mundo.
As cenas externas, ambientadas no terceiro planeta do sistema Tau Ceti, foram filmadas em uma trilha no Jardim Canadá, em Nova Lima. A direção é de Ricardo Assis, da Big Boss Produções, conhecido por dirigir filmes de baixo orçamento para o YouTube. No elenco, Thales Fagundes, no papel do protagonista Capitão Telles, e os coadjuvantes Christiano Ômega, Manoel Barbosa, Wladston Bazzoni, Ana Cristina Ciodaro e Vanessa Lessa.
Já Um Corpo e Um Sonho, dirigido por Fabrício Santtos, traz uma abordagem futurista e distópica, onde cientistas brasileiros exploram a viabilidade de transplantes de corpos e cabeças. Com Valentina, uma jovem PcD, no centro da trama, o filme aborda os desafios de uma nova realidade no Brasil do futuro. Grandes nomes como Jackson Antunes, Heitor Martinez e Najara Turetta já estão confirmados no elenco.
Barbosa Ribeiro destaca o pioneirismo da Alfa Centauri ao apostar em ficção científica, um gênero que raramente recebe atenção no Brasil. “É um campo praticamente inexplorado no país, e nós estamos fazendo isso com recursos próprios e orçamentos mínimos“, afirma o fundador, que agora busca distribuidoras para expandir o alcance de suas produções.
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