“Nosferatu” estreiou com força em janeiro de 2025, trazendo um filme bastante sombrio e misterioso. A produção é um remake de Nosferatu de 1922 e muitas pessoas ficaram em dúvida se a produção tem relação com Drácula: A Última Viagem do Deméter.
Nosferatu é um ícone do expressionismo alemão, dirigido em 1922 por Friedrich Wilhelm Murnau. A trama acompanha a jovem Ellen Hutter, da Alemanha no século 19, que se vê perseguida pelo vampiro da Transilvânia, o Nosferatu. Certamente existe grande semelhança com a história do Drácula de Bram Stoker correto?
O remake conta com o roteiro e direção de Robert Eggers (A Bruxa) e com Bill Skarsgard como o próprio vampiro. O ator, que já deu a vida a Pennywise (It: A Coisa), se encontra irreconhecível na produção. Além de Skarsgard, o elenco também conta com Aaron Taylor-Johnson (Kraven: O Caçador), Willem Dafoe (Homem Aranha, O Farol), Emma Corrin (The Crown), Simon McBurney (Invocação do Mal 2) e Ralph Ineson (A Bruxa).
A relação de Conde Drácula e Conde Orkot
Como já podem imaginar, o primeiro filme do Nosferatu (1922) é uma adaptação não autorizada de Drácula de Bram Stoker, com nomes e detalhes alterados para evitar questões legais. Então, como forma de driblar a situação, o diretor Friedrich Wilhelm Murnau, o roteirista Henrik Green e o fundador da produtora Prana Film Albin Grau resolveram mudar o nome da obra de Drácula para Nosferatu.
Com isso, Conde Drácula teve seu nome alterado Conde Orlok. Sua aparência também ficou bem diferente, de modo a afastar a associação dos dois personagens. Enquanto Drácula é bonito e sedutor, Nosferatu é mais medonho tendo aparência cadavérica, com orelhas e dentes pontudos.
Qual a história de Nosferatu?
A história se passa nos anos de 1800 na Alemanha e acompanha o rico e misterioso Conde Orlok na busca por um novo lar. O vendedor de imóveis Thomas Hutter fica responsável por conduzir os negócios de Orlok e, então, viaja para as montanhas da Transilvânia para prosseguir com as burocracias da nova propridade do nobre. O que Thomas não esperava era encontrar o mal encarnado. Todos ao seu redor lhe indicam abandonar suas viagens, enquanto, longe dali, Ellen é continuamente perturbada por sonhos assustadores que se conectam com o suposto homem que Thomas encontrará e que vive sozinho num castelo em ruínas nos Cárpatos.
Depois de ir para o local, conhecer Nosferatu, efetuar a venda e se tornar seu prisioneiro, Thomas consegue fugir do castelo, e vai atrás de sua esposa, com o intuito de salvá-la do vampiro. Dessa forma, Nosferatu sai da Transilvânia e viaja de navio para uma pequena cidade alemã, trazendo consigo uma onda de escuridão e maldade.
Ao chegar na cidade alemã, Nosferatu traz consigo a peste negra, representada através da invasão dos ratos que atacam e espalham a doença para toda a população local.
A esposa de Thomas, Ellen, percebe que só ela pode salvar a cidade. Usando sua pureza e inocência, ela atrai Orlok, que a morde e acaba sendo destruído pelo nascer do sol.
Leia mais: Crítica – “Nosferatu” é um remake poderoso e sedutor
E a história de Drácula: A Última Viagem do Deméter?
O filme é baseado em um único capitulo do livro de Bram Stoker e segue segue a tripulação do barco Demeter, que parte da Romênia rumo à Inglaterra, carregando caixas misteriosas cheias de terra e um segredo profano. Durante a viagem, vários acontecimentos levam desconfiança, medo e morte para a tribulação.
Dentro do navio está o Conde Drácula, que está de mudança para sua casa nova na Inglaterra. A trama acontece toda durante essa viagem, terminando o filme com a chegada de Drácula na Inglaterra.
Drácula nesse filme aparece em sua forma mais animalesta, como uma força implacável, atacando a tripulação durante a noite.
Em alto-mar, os marinheiros percebem que não há como escapar. Como no romance, o Demeter é encontrado destroçado perto de Whitby, com apenas o diário do capitão sobrevivendo para contar a história.
Enfim, um filme está dentro do outro?
Sim. Drácula: A Última Viagem do Deméter retrata essa mudança de Conde Drácula/Conde Orlok da Transilvânia, Romênia, para a o país de sua nova residência Inglaterra/Alemanha.
Assim, consideranto que as duas produções são inspiradas no romance Bram Stoker, e para alegrar os amantes desses vampiros carismáticos e poderosos, podemos considerar que Drácula: A Última Viagem do Deméter aprofunda essa viagem que o Conde Orlok faz no filme Nosferatu.
Por fim, Nosferatu está em cartaz nos cinemas.
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