Natural de Londres, Inglaterra, ele é um dos mais famosos atores de Hollywood e da cena britânica. Hugh Grant coleciona em sua carreira filmes campeões de bilheteria e prêmios de melhor ator.

O início da jornada

Hugh John Mungo Grant nasceu dia 9 de setembro de 1960 em Londres, no Reino Unido. Filho de uma professora e de um artista, é descendente de ingleses e escoceses. Foi neste país – Escócia – onde Hugh passou vários verões de sua infância caçando e pescando com o avô.

O ator foi aluno de exclusivas escola britânicas até receber um bolsa de estudos para a renomada Universidade de Oxford, onde cursou Literatura Inglesa. Enquanto universitário, Hugh Grant fez parte da Oxford University Dramatic Society (OUDS), uma das maiores sociedades de teatro estudantil do país.

Embora fosse apaixonado por atuação, o galã não tinha grandes aspirações a ser ator profissional, vendo a atividade como um hobby. Isto, no entanto, não o impediu de formar sua própria companhia de teatro junto com alguns amigos, chamada “The Jockeys of Norfolk”. Da mesma forma, movido por sua paixão pela atuação, protagonizou o filme ‘Privileged“, de 1982, o primeiro produzido pela Oxford University Filmmaking Foundation (OUFF).

Hugh Grant trabalhou para o Fullham F.C., seu time de coração, e como roteirista tanto de comédias para a televisão como de anúncios de rádio, Foi somente após a Academia Britânica de Artes do Cinema e Televisão (BAFTA) exibir o filme “Privileged”, que um agente abordou o ator e se ofereceu para representá-lo.

Assim, conseguiu seu primeiro papel principal em 1987. Grant interpretou Clive Durham no filme “Maurice”, de James Ivory. O filme conquistou três prêmios no Festival de Veneza do mesmo ano.

Hugh Grant em Maurice
Foto: Reprodução

Consolidação como ator e galã

Entre o final da década de 80 e início da década 90, Hugh Grant interpretou outros papéis que o permitiram contracenar com grandes estrelas. Liam Neeson, Anthony Hopkins, Jean Simmons e Judy Davis são apenas alguns destes nomes.

Finalmente, após trabalhar com Roman Polansky, em “Lua de Fel” (1992), Hugh Grant teve a oportunidade que o lançaria ao estrelado internacional. “Quatro Casamentos e Um Funeral” estreiou em 1994. Com Grant no papel principal, o filme bateu recorde de bilheteria, redendo 244 milhões de dólares. “Quatro Casamento e Um Funeral” foi indicado a dois Oscar e Hugh Grant recebeu os prêmios do Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia e Musical e o BAFTA de Melhor Ator.

Daí em diante, o ator contruiu e solidificou o perfil de galã, especialmente em comédias românticas. Atuou em sucessos como “Razão em Sensibilidade” (1995) e no famoso filme da porta azul, “Um Lugar Chamado Notting Hill” (1995), onde contracena com Julia Roberts. Este filme rendeu 363 milhões de dólares, e se tornou o mais rentável da história do cinema britânico.

Hugh Grant e Julia Roberts em Um Lugar Chamado Notting Hill
Foto: Reprodução

Em 2001, Hugh Grant voltou ao mundo das comédias românticas com “O Diário de Bridget Jones” (2001), no papel de Daniel Cleaver, ao lado de Renée Zellweger. O ator revisitou este papel em 2004, em “Bridget Jones: No Limite da Razão”. Ele também estará no novo filme da série, que chegará aos cinemas em 2025 – “Bridget Jones: Louca pelo Garoto”.

Além destes, outros sucessos da carreira do ator incluem “Um Grande Garoto” (2001), “Amor à Segunda Vista” (2002), “Simplesmente Amor” (2003), “Letra e Música” (2007) e “Cadê os Morgan” (2010).

Novos horizontes

Ao poucos, foi se afastando da figura de galã e passou a interpretar papéis mais complexos, como em “A Viagem” (2012), “O Agente da U.N.C.L.E.” (2015) e “Paddinton 2” (2017).

Além disso, Hugh Grant estreiou outros filmes, como “Wonka” (2023) e “Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes” (2023). Para além do cinema, o ator recebeu indicação a dois Emmys, por suas interpretações em “A Very English Scandal” (2018), da BBC One e “The Undoing” (2020), da HBO.

Ativismo

Em abril de 2011, Hugh Grant publicou um artigo no New Statesman, uma revista britânica semanal de conteúdo político. O texto versava sobre uma conversa do galã com Paul McMullan, ex-jornalista do tabloide News of the World. Durante a conversa, gravada secretamente por Grant, Paul alega que os editores, tanto deste jornal, quanto do Daily Mail, haviam dado ordens a jornalistas para que gravessem ilegalmente conversas de telefone. Isto foi, em tese, feito com o conhecimento de políticos britânicos.

O caso ganhou grandes repercussões da mídia e, desde então, Hugh Grant é visto como um ativista contra a imprensa intrusiva. Atualmente, o ator está travando uma batalha nos tribunais contra o The Sun, e alega que o tabloide contratou investigadores para grampear seu telefone em 2011.

Grant também se posicionou formalmente contra o Brexit, em 2019 e fez campanha contra saída do Reuno Unido da União Européia, ao lado de Chuka Umunna.

Hugh Grant em ativismo político sobre Brexit
Foto: James Veysey para Rex

Recentemente, em entrevista à revista Vanity Fair, o ator criticou seu personagem William Thacker, em Um Lugar Chamado Notting Hill: “Por que meu personagem não tem coragem?”.

Atualmente, Hugh Grant está em cartaz com o aclamado “Herege“. O ator é casado e tem cinco filhos.

Redatora em Experiência sob supervisão de Thiago Satiro.