É possível equilibrar a vida profissional e pessoal? Essa pergunta resume o ponto central retratado na obra da autora Raquel Marinho “Com que Realidade Essas Camisolas Acordam?”
Na trama, iremos acompanhar Amanda uma designer empoderada que vive os desafios de conciliar a carreira com a vida pessoal, sendo muitas vezes um reflexo da mulher moderna com muita personalidade. O romance-crônica traz ao leitor um novo olhar sobre o papel de mãe em uma família, e de uma mulher no ambiente profissional.
Considerações sobre a leitura
O livro começa despretensioso, a priori, o leitor encontra-se em um cotidiano sem muitos acontecimentos com uma protagonista que tem um ar de mulher forte e independente. Tudo parece muito bem delimitado, fazendo o leitor crer que já conhece a protagonista e sabe muito bem o que esperar dela.
Porém, a escritora sabe muito bem utilizar a perspectiva ao favor da narrativa, fazendo com que Amanda se mostre uma mulher muito mais humana do que ela mesmo acredita ser. Sendo um símbolo de inspiração feminina, uma mãe real e uma profissional conquistando o seu espaço. É uma trama que fala com as dores de muitas mulheres e, por isso, é tão fácil se apegar a narrativa e se identificar com a protagonista.
Afinal, quem nunca teve problemas no relacionamento? Quem nunca teve que aprender a ser firme diante das adversidades?
Amanda é uma protagonista que se mostra alguém forte, resistente, que não pede ajuda mesmo necessitando. É vulnerável e forte ao mesmo tempo, e diga-se de passagem, carrega a trama do livro nas costas. Contudo, não é um livro de grandes acontecimentos, a leitura é de aprendizado, um retrato da vida como ela é.
Todavia, para aqueles que esperam grandes reviravoltas e ações inusitadas, não espere encontrar isso em “Com que Realidade Essas Camisolas Acordam?”. Mas para quem deseja realizar uma leitura gostosa, rápida e com grandes aprendizados, se jogue de cabeça.