Lançado em 1995, “Gump & Co.” tem 256 páginas e dá continuidade à trajetória do personagem que conquistou o mundo. Ambientada nos anos 1980, a narrativa escrita por Winston Groom mostra como está a vida de Forrest após todas as mudanças que viveu no primeiro volume.

Nesta nova etapa, acompanhamos um Gump mais maduro, enfrentando os desafios da vida adulta com seu jeito peculiar de lidar com o mundo. A história mistura crítica social, humor e situações absurdas, marca registrada do autor, enquanto Forrest tenta encontrar estabilidade para si e para o filho.

Gump & Co.

A obra começa mostrando como Forrest Gump voltou à estaca zero. Depois do sucesso da Bubba Gump Shrimp Co., a empresa vai à falência, deixando Gump sem um centavo e sem condições de sustentar o filho. Desesperado por alguma renda, ele agarra a oportunidade de jogar futebol americano pelo New Orleans Saints. No entanto, uma série de eventos pessoais e familiares leva Forrest a enfrentar novamente a falência.

Sem dinheiro e precisando cuidar do filho sozinho, Forrest se vê em uma situação ainda mais difícil do que antes. Ao longo da narrativa, ele é subestimado, envolvido em tramas políticas improváveis e situações internacionais que fogem completamente ao seu controle, mas que têm grande impacto no mundo.

Apesar dos desafios financeiros e das perdas pessoais, o grande foco da história é o esforço de Forrest para construir uma relação verdadeira com seu filho. O garoto, que mal conhece o pai, sente-se distante e indiferente. Em meio à busca por estabilidade, Forrest descobre que o sentido da vida pode estar onde ele menos esperava: na construção de uma família.

Impressões sobre o livro

“Gump & Co.” é uma obra densa que apresenta um Forrest que, mais uma vez, precisa recomeçar do zero. Isso me deixou triste. Depois de todo o esforço mostrado no primeiro livro, é desanimador ver que ele ainda enfrenta dificuldades para pagar as contas e criar o filho sozinho.

Além dos problemas financeiros, Forrest precisa lidar com questões pessoais que o afetam profundamente e foi aqui que o livro mais me tocou. Mesmo sem ter criado uma conexão forte com o personagem, torci para que sua vida encontrasse um rumo melhor.

Um dos maiores desafios para mim foi me conectar com a leitura. Forrest é um personagem complexo, e o autor usa recursos linguísticos para representar essa complexidade. Como o livro não foi traduzido para o português, a leitura se torna difícil: a linguagem é propositalmente cheia de erros gramaticais e palavras inventadas, refletindo o modo de falar do próprio Gump. Em muitos momentos, parecia que eu estava decifrando enigmas para entender o que estava sendo dito.

O final é sensível e toca em temas importantes, como família e superação. No entanto, infelizmente, “Gump & Co.” não foi uma leitura com a qual consegui me conectar. Por fim, é uma leitura que exige tempo e atenção.