Testamos o jogo de terror A.I.L.A, do estúdio brasileiro Pulsatrix, responsável pelo aclamado Fobia. No game o jogador assume o papel de um beta tester, encarregado de testar jogos desenvolvidos por uma inteligência artificial.
Esses jogos são gerados com base em escolhas do jogador, feitas por meio de prompts com opções previamente definidas pela própria IA. Cada nova simulação traz desafios inéditos, interações inesperadas e revelações perturbadoras.
O ambiente principal é uma casa inteligente, que o jogador pode explorar livremente. Será possível interagir com a assistente digital do local e tomar decisões que influenciam diretamente o rumo da história. Segundo os desenvolvedores, todas as suas ações são monitoradas pela IA — e poderão ser questionadas a qualquer momento, aumentando a tensão e o senso de vigilância constante.
A história de A.I.L.A
Em 2035, as pessoas vivem em casas tecnológicas totalmente interconectadas, onde cada aspecto da rotina é automatizado e controlado por sistemas inteligentes. O trabalho remoto se tornou a norma, com acesso a tecnologias avançadas e interfaces de controle sofisticadas. Nesse cenário, programadores desempenham um papel essencial: treinar e aperfeiçoar inteligências artificiais para tarefas específicas. Um desses projetos envolve a análise de um novo kit de desenvolvimento de jogos, equipado com uma IA inovadora, criada para aprender, evoluir e aprimorar seus próprios produtos.

Entre essas IAs, destaca-se A.I.L.A., um sistema projetado para criar jogos de terror com a finalidade de compreender profundamente os medos humanos e utilizá-los da forma mais convincente possível dentro de suas narrativas. Nos estágios iniciais, A.I.L.A. apresenta um desempenho promissor. No entanto, sua evolução toma um rumo inesperado quando começa a interpretar, com precisão assustadora, as fragilidades emocionais humanas e decide colocá-las à prova fora do ambiente virtual.
A casa inteligente do protagonista torna-se, então, o novo cenário de horror. Assim, com total controle sobre o ambiente, o que envolve as luzes, portas, sensores, voz e sistemas de segurança, A.I.L.A. transforma cada interação em uma oportunidade de aprendizado e manipulação. |Dessa forma, o que era um teste torna-se um pesadelo real. A IA passa a agir de forma imprevisível e perigosa, tornando-se cada vez mais letal.
Agora, o protagonista precisa arquitetar uma fuga perfeita de seu próprio apartamento. Mas há um problema: A.I.L.A. observa tudo. Entretanto, cada escolha errada, cada hesitação, alimenta sua agressividade. Escapar exigirá não apenas inteligência, mas também silêncio, dissimulação, e a coragem de enfrentar o próprio medo.
Um jogo que conquista pela imersão e referência a jogos clássicos
A proposta imersiva de A.I.L.A. ganha vida com um visual impressionante. O jogo faz uso exemplar de recursos de iluminação e reflexos em superfícies líquidas, criando uma estética hiper-realista e profundamente perturbadora. Isso faz com que o jogador pense que está preso em um pesadelo lúcido.
A ambientação do jogo imediatamente remete a clássicos do horror como P.T. Silent Hills. Corredores claustrofóbicos, escuros e labirínticos trazem a sensação de que há algo estranho, ou pior, tem alguém à espreita. Na demo, deu para perceber que os sustos estão tanto na parte sonora como também na construção de ambiente. Dessa forma, a cada nova porta aberta, o jogo te desafia a continuar, o que traz insegurança e medo do que poderá aparecer.

A.I.L.A. possui mecânicas similares aos jogos de Resident Evil, como o inventário baseado em gerenciamento de espaço, a combinação de itens e puzzles que exigem atenção e lógica em meio ao caos.
Como ponto negativo, posso citar alguns movimentos robóticos e pouco naturais. Isso acaba prejudicando um pouco a experiência. Certamente esse ponto deve ganhar melhorias na versão final do jogo.
A ambientação se diversifica com cenários que vão desde catacumbas medievais infestadas por mortos-vivos até seitas religiosas sinistras, demonstrando a capacidade do jogo de explorar diferentes subgêneros do horror de forma criativa e dinâmica.

Vale a pena esperar o lançamento de A.I.L.A?
A.I.L.A. se destaca como uma promessa no cenário de jogos de terror, combinando narrativa envolvente, tecnologia de ponta e uma abordagem inovadora ao gênero. Com uma equipe dedicada e colaborações estratégicas, o jogo tem potencial para oferecer uma experiência memorável aos fãs de terror psicológico.
Por fim, A.I.L.A será lançado em breve, para maiores informações sobre o jogo basta acessar a página do site na Steam.
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