Então, o que é o Caminho das Bruxas?
A série Agatha Desde Sempre finalizou como começou: com dois episódios exibidos no mesmo dia, “Nesse Ritual, a Glória É o Final“ / “Bruxa, Mãe e Algoz“. Dessa vez, a dupla final foi ao ar na véspera do Dia das Bruxas, criando uma atmosfera perfeita para a conclusão da história.
Encerrando sua jornada com um final intenso, trazendo novos segredos e desafios. Com dois episódios lançados na véspera do Dia das Bruxas, a minissérie aprofunda a vilania de Agatha e sua complexa relação com Billy. A história mantém o mistério e o suspense até o último instante.
Nesse Ritual, a Glória É o Final
Após o episódio “Se a Morte Me Encontrar“, era difícil imaginar que Agatha Desde Sempre manteria o mesmo nível de qualidade. O roteirista Peter Cameron optou por uma mudança de tom, dividindo o último episódio em duas partes distintas. Na primeira, o visual é sombrio e macabro, com um cenário de necrotério simples, mas impactante, marcado por luzes arroxeadas que simbolizam a contagem regressiva para a provação final. Já na segunda metade, vemos o famoso combate entre heróis, com uma explosão de luzes coloridas enquanto os personagens principais se enfrentam.
Este episódio, intitulado “Nesse Ritual, a Glória É o Final“, se destaca como uma sucessão digna do anterior. A primeira metade é simples na execução, mas rica em estratégia, mostrando Agatha manipulando os eventos para tirar Jen de cena e, finalmente, entregar Billy para a Morte, como prometido. Agatha revela o segredo de quem roubou os poderes de Jen, facilitando o desenrolar da trama, e orienta Billy a guiar a “alma mágica” de Tommy para outro corpo, como ele fez ao possuir William.
A trama envolvendo Jen é básica, mas segue as regras do Caminho das Bruxas e mostra a lógica vilanesca de Agatha. No caso de Billy, a simplicidade está na cena dele recebendo orientações de Agatha com os olhos fechados. A dúvida permanece: “será que ele busca um novo corpo para seu irmão?” Agatha responde friamente, dizendo que: “meninos morrem”, alimentando ainda mais a ambiguidade de sua personagem.
A batalha final entre Agatha, Morte e Billy é visualmente impactante, mas serve mais como uma alegoria do que como um confronto decisivo. Agatha, embora má, revela um lado menos sombrio. O epílogo deixa claro que Billy herdou as habilidades de sua mãe, sugerindo que ele pode ter sido responsável, inconscientemente, pelos eventos da minissérie. Esse ponto dá margem para interpretações, como a possibilidade de a série ser renomeada para “Billy Desde Sempre” ou até “BillyVision“.
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Bruxa, Mãe e Algoz
O flashback no último episódio explora a origem de Agatha e mostra como ela e seu filho, Nicholas Scratch, criaram o Caminho das Bruxas, inicialmente como uma brincadeira, mas depois como uma ferramenta de poder. A narrativa volta ao século XVIII, revelando que Billy materializou o que Agatha e Nicholas inventaram, dando um toque nostálgico e uma conexão com “WandaVision“.
Morte não é retratada como vilã, mas como uma entidade neutra. Ao “poupar” o filho de Agatha, ela gera uma paranoia na bruxa, que passa a eliminar outras bruxas, acumulando poder. A dúvida permanece: “Agatha mata para proteger Nicholas ou por pura maldade?” Este ponto não fica totalmente claro.
A sequência final do Caminho das Bruxas revela a surpresa de Agatha ao ver que Billy, herdeiro de Wanda, recriou o caminho. A descoberta é um rito de passagem para Billy, consolidando sua jornada de amadurecimento. Joe Locke entrega uma performance que lembra a postura da Feiticeira Escarlate, criando uma ponte com o passado e a herança mágica de sua família.
Por fim, Agatha aparece como um fantasma, o que torna a trama mais conveniente e fácil de resolver, deixando em aberto o destino dos personagens. A busca por Tommy é deixada para um possível futuro, mas um pequeno vislumbre do personagem teria dado um encerramento mais completo à minissérie. Mesmo com alguns pontos em aberto, Jac Schaeffer oferece uma ótima série sobre o lado oculto do MCU.
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