A morte vem para todos nós
Com o fim de Agatha Desde Sempre se aproximando, a showrunner Jac Schaeffer traz à tona o melhor episódio da minissérie, “Se a Morte Me Encontrar“, até agora.
O episódio começa de forma descontraída, com Agatha e Billy sendo transformados na Bruxa Má do Oeste e em Malévola, respectivamente. Eles enfrentam uma nova provação em um castelo cheio de cartas de tarô, espadas e um teto que ameaça esmagá-los. Aos poucos, porém, a narrativa adquire profundidade, conectando detalhes que talvez tenhamos ignorado e revelando a verdadeira identidade de Rio Vidal. Além disso, o episódio entrega à veterana Patti LuPone o destaque que ela merece.
Mesmo com as mortes anteriores mostrando os corpos, era improvável que Jennifer “Jen” Kale e Lilia Calderu desaparecessem definitivamente em uma armadilha de areia movediça. Assim, o retorno delas era esperado, e o roteiro, escrito por Gia King e Cameron Squires, adota uma progressão não-linear que reflete a vida de uma Lilia mais jovem, descolada do tempo e saltando entre épocas. Essa estrutura explica seus poderes divinatórios sem explicá-los diretamente, utilizando-os como base para uma narrativa envolvente que permeia a minissérie.
Jac Schaeffer, ao dirigir este episódio, mantém um ritmo ágil e interessante, transitando entre diferentes espaços e períodos sem confundir o público. Em meio a essas mudanças, uma breve história de origem para Lilia é apresentada, retratando sua juventude na Itália sob a tutela de sua Maestra, interpretada por Laura Boccaletti. Mesmo que esse arco seja breve, ele é eficaz e deixa claro o papel heroico de Lilia, similar à Bruxa Boa do Norte, ao derrotar as Sete de Salem sozinha. Já Jen, com o papel de Rainha/Bruxa Má, ganha um papel de guia, o que sugere que sua provação no terceiro episódio pode não ter sido a última.
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É notável como Kathryn Hahn fica em segundo plano neste episódio, permitindo que Patti LuPone brilhe em sua performance final. LuPone traz intensidade em cenas que vão desde o subsolo do Caminho das Bruxas até a superfície, como a altruísta Glinda. A revelação de que Vidal é a personificação da Morte, com uma estética inspirada no Dia de Los Muertos, adiciona uma camada de profundidade ao episódio, lembrando a relação da Morte com Thanos nos quadrinhos. A conexão com o universo místico da Marvel também sugere que Vidal pode ser a vilã dos episódios finais, apesar de ainda não termos todas as respostas sobre o propósito da série.
Agatha Desde Sempre mantém-se firme em sua proposta, destacando o elenco e surpreendendo pela direção de arte e pela forma como a narrativa vem sendo construída. Embora não seja uma minissérie de tirar o fôlego, episódios como “Se a Morte Me Encontrar” demonstram o cuidado e carinho dedicados à produção, conectando-a com WandaVision e Doutor Estranho 2. Agora, resta aguardar a conclusão no Halloween e torcer para que Agatha e companhia encontrem bons presságios.
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