A tão esperada adaptação de “Avatar: O Último Mestre do Ar”, finalmente, chegou à Netflix. Mesmo com todas as polêmicas, antes da estreia, a série conseguiu agradar desde os fãs mais antigos, até os mais novos. Em nossa review vamos discutir, será que foi um boa adaptação?

Em meio às inúmeras adaptações live-action de animes, quadrinhos e livros infanto-juvenis que moldaram a imaginação nos últimos 30 anos, a conquista de executar adequadamente a tarefa torna-se notável. Avatar: O Último Mestre do Ar compreende que a liberdade criativa implica a introdução de novas ideias na adaptação, sem comprometer ou contradizer o material original.

Dessa forma, a série aborda de maneira consciente a importância da liberdade criativa ao reimaginar a narrativa para o formato live-action. A habilidade de aplicar novas abordagens e ideias acaba sendo reconhecida como uma força, desde que mantenha a integridade do conteúdo original.

Avatar: O Último Mestre do Ar
Divulgação/Netflix

O universo de Avatar 

Avatar: O Último Mestre do Ar mantém a fidelidade à narrativa original, proporcionando uma jornada envolvente. A trama segue Aang, o último dominador de ar, em sua missão de restaurar o equilíbrio ao mundo. 

A riqueza do enredo é um dos pontos fortes da série. Respeitando a obra original, mantendo a essência e a mensagem central. Conseguindo agradar tanto aos fãs mais antigos quanto aos novos, criando uma experiência que transcende gerações.

Os personagens 

Os personagens são habilmente desenvolvidos, ganhando vida de maneira única. Aang, Katara, Sokka e outros membros do grupo apresentam profundidade e evolução, proporcionando conexão emocional aos espectadores.

Demonstrando uma compreensão sólida do material original, respeitando a essência enquanto busca introduzir novos elementos de forma coesa. Isso contribui para uma adaptação que honra as raízes da história, sem perder a oportunidade de explorar novos horizontes e novas linhas de conexão e background dos personagens.

Personagens de Avatar: O Último Mestre do Ar, Katara, Sokka e Aang
Katara – Kiawentiio / Aang – Gordon Cormier / Sokka – Ian Ousley

Diversidade Cultural

A diversidade cultural é integrada organicamente, enriquecendo o mundo de Avatar: O Último Mestre do Ar. Elementos de diferentes culturas inspiram o design dos personagens e a mitologia, contribuindo para a autenticidade da narrativa. Portanto, cada nação no mundo fictício possui elementos inspirados em culturas do mundo real, enriquecendo a narrativa e proporcionando uma experiência inclusiva.

Além disso, esse fato também reflete no elenco onde grande parte dele é composto por pessoas não-brancas. Algo muito difícil de se encontrar em franquias grandes como essa. Sendo esse um dos maiores motivos de reclamação na adaptação de 2010.

A Netflix compreendeu e entendeu que Avatar sempre falou e representou a diversidade do mundo. Mesmo com um foco maior na cultura asiática, da para encontrar facilmente outras culturas e povos na obra. E assim, sendo um dos, senão, maiores acertos dessa adaptação.

Vale a pena?

A resposta para essa pergunta é sim, vale a pena assistir Avatar: O Último Mestre do Ar. É uma adaptação que ressoa com fãs antigos e conquista novos adeptos. Com um enredo envolvente, personagens marcantes e efeitos visuais de qualidade, a série é uma celebração do material original. Uma experiência imperdível para todos os amantes de aventuras épicas e narrativas cativantes.

Portanto, a obra se destaca ao abordar os desafios de adaptações live-action, mostrando que é possível introduzir inovações sem comprometer a integridade do material original. Em suma, a série tem uma abordagem consciente da liberdade criativa e um equilíbrio entre novas ideias e fidelidade são os pilares desta adaptação, resultando em uma experiência que ressoa com uma ampla audiência.

Avatar: O Último Mestre do Ar
Avatar: The Last Airbender. (L to R) Dallas Liu as Prince Zuko, Paul Sun-Hyung Lee as Iroh in season 1 of Avatar: The Last Airbender. Cr. Courtesy of Netflix © 2024