Uma aventura colorida, e cheia de sentimentos sinceros e análises profundas, esse é Hazel Sky. A aposta do estúdio Coffee Addict e da Neon Doctrine é em um jovem engenheiro chamado Shane, que precisa passar por vários testes para que possa finalmente chegar a sua casa em Gideon. Lançado para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.
A História
Shane é um jovem muito esperto, e precisa lidar com vários sentimentos enquanto busca uma maneira de voltar para sua casa. O mundo em que Shane acorda após chegar na praia é cheio de desafios, a maioria deles é intuitiva. O jogador não tem muito trabalho em descobrir o que precisa fazer, sinais na tela indicam geralmente onde estão as pistas e o que fazer com elas. Shane pode se comunicar com seu pai através de cartas, e com sua amiga Erin através de um rádio velho. A premissa desse jogo é mostrar como as experiências vividas por Shane são uma oportunidade para que ele possa crescer, como pessoa e como engenheiro. Aquele universo abandonado, cheio de árvores e cabanas, e coisas quebradas, mostram metaforicamente como é a vida de Shane.
Durante o jogo o personagem se vê frente a vários testes e precisa buscar elementos perdidos na ilha para concluir eles. Ao mesmo tempo, outras histórias vão se conectando, principalmente com Erin pelo rádio. Uma coisa que chama a atenção é que durante o jogo, Shane vai encontrando seus primos, que tentaram passar pelos testes e … morreram. Isso mesmo, essa característica do jogo parece meio bizarra, mas ele encontra os cadáveres pelos cenários e vai reconhecendo. Inclusive, fica aqui o alerta, existem cenas de morte e gatilhos para suicídio, então cuidado.
A Mecânica de jogo
Em Hazel Sky o jogador não tem muitas opções de movimentação, a maioria delas está atrelada a alguma necessidade. Basicamente você pode andar, correr, pular, escalar, empurrar e puxar coisas, pegar objetos e alguns deles você pode utilizar mesmo sem uma necessidade. Tudo é muito lento, algumas cenas em que os personagens precisam se deslocar de um lugar para o outro demoram eternidade, e não dá para pular a cena. A mesma coisa as conversas entre Shane e Erin, que duram minutos e você não pode efetuar nenhuma outra ação enquanto ele a ouve.
A busca pelos elementos dentro do jogo também é demorada, tudo é muito simples, basta apertar e pegar, apertar e soltar, mas a lentidão da mecânica deixa o jogo chato e demorado.
Gráficos e visuais
Os cenários, os personagens e os elementos dentro do jogo são bem construídos. Algumas partes são meio pitorescas, mas faz parte do enredo. O jogo de câmera, no caso do PC é controlado pelo mouse, tem alguns defeitos, como por exemplo travar em áreas mortas do cenário ou passar por dentro das coisas.
A textura do jogo faz lembrar muito os jogos de 64 bits, e as cores lembram bastante jogos mais divertidos, o que não é o caso aqui. A trilha sonora, por outro lado é talvez o ponto mais alto que a parte de audiovisual consegue chegar. Os sons, as músicas e as conversas foram muito bem desenvolvidas, principalmente no português.
Veredito
Hazel Sky não é jogo para qualquer um. Ele tende a atingir um público muito específico, e que possa de fato de jogos que tenham mais atenção na história do que na jogabilidade. Inclusive, se eu puder resumir a experiência de jogo seria exatamente assim, não é focado na jogabilidade. Existem momentos intensos, mas esses são raros, de verdade, foram poucos momentos em que me senti desafiado ou extasiado. A cena das quedas repentinas em que é preciso pular para agarrar me lembrou muito Donkey Kong de Super Nintendo, e são os melhores momentos do jogo. As transições entre os personagens por outro lado não são legais. Por fim, eu avalio esse jogo com nota 4/10,