A segunda temporada de “Heartstopper” série adaptada da obra de mesmo nome, da escritora Alice Oseman já chegou na Netflix e já é um sucesso. A relação de Nick (Kit Connor) e Charlie (Joe Locke) conquistou com facilidade o público, e agora na segunda temporada temos seu amadurecimento.
A primeira temporada de “Heartstopper” estreou em abril de 2022 na mesma plataforma, fazendo bastante sucesso pela sua temática e a forma leve como ela é abordada entre os adolescentes.
A história da nova temporada de Heartstopper
Charlie (Joe Locke) e Nick (Kit Connor), na primeira temporada são colegas de sala e sentam juntos. Dessa forma eles acabam se aproximando e viram amigos bem próximos. Eles são bem diferentes um do outro, sendo Nick bem popular e Charlie tímido e vitima de bulliyng na escola por ser gay. Durante o desenvolvimento dessa amizade, eles acabam se apaixonando, sendo esse o assunto principal da temporada. Nesse ínterim entre o início da amizade até o namoro, inseridos ainda nos dilemas comuns do ensino médio, são desenvolvidos temas como a orientação sexual, transexualidade, bulliyng e até homofobia.
Já na segunda temporada, todos os personagens amadureceram mais um pouco, tendo os protagonistas a certeza de que sentem um pelo outro, dispostos a enfrentar os desafios de “sair do armário” na adolescência.
Tara (Corinna Brown) e Darcy (Kizzy Edgell) enfrentam desafios imprevistos em sua relação e Tao (William Gao) e Elle (Yasmin Finney) descobrem se podem ser mais do que apenas amigos.
Tudo isso acontecendo com as provas chegando, uma viagem escolar a Paris e um baile de formatura para planejar. Desse modo, a turma tem muito o que fazer enquanto viajam pelas próximas fases da vida, amor e amizade.
Nessa temporada, temos também um desenvolvimento de Imogen (Rhea Norwood), que começa a cuidar mais de si mesma e a se impor diante dos garotos.
Abordagem leve de temas atuais e inclusão de personagens
A série é famosa por tratar de assuntos atuais e importantes sobre sentimentos, sexualidade, e outros de forma leve, simples, pura. Nessa temporada são abordados temas como o aprofundamento das relações amorosas, o medo de se assumir para os colegas, o ambiente familiar tóxico, assexualidade, pai ausente. Além de abordar e desenvolver um romance adulto, sendo um dos personagens se reconhecendo gay somente na fase adulta.
Sem dar spoilers, a série consegue abordar tudo isso de uma forma leve, mas mostrando toda a importância dos assuntos retratados. Importância esta, não só para o desenvolvimento da série e dos personagens, mas também para o espectador, trazendo reflexões e clareando a visão daqueles que desconhecem ou até ignoram determinados assuntos.
De fato, percebe-se que todos os personagens, ou pelo menos boa parte deles, tiveram um desenvolvimento maior em suas histórias, desde a auto aceitação como gay ou bissexual, a até mesmo mudar totalmente o perfil de cara chato briguento, para um perfil mais tolerante e protetor.
Temos também a inclusão de problemas envolvendo distúrbios alimentares, que certamente será desenvolvido posteriormente.
Outro fato necessário e positivo na série foi a inclusão de novos personagens, até mesmo para o desenvolvimento daqueles que já estão na série.
Temos a inclusão do pai e do irmão de Nick, essenciais para aprofundar em seu relacionamento familiar juntamente com sua mãe interpretada pela atriz Olivia Colman, que entrega novamente uma atuação perfeita e acolhedora.
Além disso, temos a inclusão de um personagem essencial para o desenvolvimento de Isaac (Tobie Donovan). Além de outros personagens secundários que enriquecem o universo de Heartstopper.
Uma série para se guardar no coração
Heartstopper é uma série que merece um local especial em nossos corações. Não precisa necessariamente ser do universo lgbtqia+ para gostar da série. A produção aborda os assuntos de forma tão leve, tão puro e natural que certamente vai conquistar cada vez mais novos fãs, tanto para a série quanto para os livros de Alice Oseman.
A série traz um sentimento de esperança para as pessoas. Além disso, ela desperta toda a nostalgia de nossa adolescência, com assuntos que são comuns em nosso dia a dia. Não existe uma maldade cruel em nivel ameaçador como estamos acostumados em ver em séries que abordam o mesmo público como 13 Reasons Why e Elite.
Veja o trailer da segunda temporada de Heartstopper: