A terceira temporada de “Heartstopper” série adaptada da obra de mesmo nome, da escritora Alice Oseman já chegou na Netflix e já é um sucesso. A relação de Nick (Kit Connor) e Charlie (Joe Locke) conquistou com facilidade o público, e agora na terceira temporada temos mais um pouco de seu amadurecimento.

A primeira temporada de “Heartstopper” estreou em abril de 2022, fazendo bastante sucesso pela sua temática e a forma leve como ela é abordada entre os adolescentes. Já a segunda temporada estreou em agosto de 2023 trazendo novos temas e desenvolvendo mais as histórias de seus personagens.

A história da nova temporada de Heartstopper

Na terceira temporada Charlie (Joe Locke) quer contar para Nick (Kit Connor) que o ama. Além disso, seus problemas alimentares se intensificam. Preocupado com isso, Nick também tem algo importante a dizer a Charlie. Conforme as férias de verão terminam e os meses correm, os amigos começam a perceber que o ano letivo virá com momentos de alegrias e de grandes desafios desafios.

Charlie e seus amigos, nesta temporada, estão aprendendo mais um sobre o outro e os seus relacionamentos. Eles também planejam eventos sociais, festas e começam a pensar sobre escolhas universitárias. Dessa forma, eles deverão aprender a se apoiar naqueles que amam quando a vida não sai da forma que planejaram.

Tara (Corinna Brown) e Darcy (Kizzy Edgell) enfrentam novos desafios com o aprofundamento de sua relação. Tao (William Gao) e Elle (Yasmin Finney) também evoluíram em relação aos seus sentimentos. Imogen (Rhea Norwood) e Isaac (Tobie Donovan) estão tentando entender melhor sobre si mesmos . Além disso, temos um maior desenvolvimento de Tori (Jenny Walser) irmã de Charlie.

Abordagem leve de temas importantes e desenvolvimento de personagens

A série é famosa por tratar de assuntos atuais e importantes sobre sentimentos, sexualidade, dentre outros, de forma leve, simples, pura. Nessa temporada, a série aprofunda mais ainda sobre as relações amorosas, além de focar em questões de saúde mental e pensamentos sobre o futuro.

Todos os personagens do núcleo principal tiveram um maior desenvolvimento, considerando suas individualidades. Entretanto alguns tiveram arcos mais aprofundados como a questão de Elle ser uma mulher trans e os medos e preocupações que as pessoas trans infelizmente ainda passam.

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Elle (Yasmin Finney) e Tao (William Gao). Imagem: Divulgação

O foco maior nesta temporada, certamente é sobre a saúde mental/alimentar de Charlie e como ela é vista por ele mesmo, pelos amigos e familiares. A série traz uma excelente abordagem sobre a importância dessa conversa com os familiares e pessoas de confiança. Ninguém está sozinho.

Além disso, mostra como é importante ter referências e ser uma referência LGBTQIA+, de modo a mostrar para as pessoas que elas não estão sozinhas.

Com os personagens na faixa dos 16 anos, com os hormônios na flor da pele, era necessário e inevitável que a série abordasse a questão do sexo. Com quase todos os personagens namorando a série conseguiu mostrar as dúvidas e medos que eles possuem de forma com que não fosse apelativo para uma série de classificação 12 anos.

Um foco necessário em Tori 

Tori Spring é a personagem principal dos livros de Alice Oseman. Ela também é uma personagem importante de Heartstopper. Entretanto, na primeira e segunda temporada, ela teve pequenas participações, mostrando um pouco do seu lado “trevoso”.

Michael e Tori Heartstopper 3ª temporada
Michael Holden (Darragh Hand) e Tori Spring (Jenny Walser). Imagem: Redes sociais

Sendo uma personagem assexual e arromântica, assim como Isaac, Tori teve seu merecido destaque nesta temporada. Além de mostrar todo o seu amor e preocupação com seu irmão, ela ganha seu parceiro Michael Holden (Darragh Hand). Personagem este que aparece no livro “Um ano solitário“. Certamente na quarta e última temporada, seu relacionamento com Michael deve ganhar uma espaço maior.

Uma sequência apaixonante

Heartstopper é uma série que merece um local especial em nossos corações. Não precisa necessariamente ser do universo LGBTQIAP+ para gostar da série. A produção aborda os assuntos de forma tão leve, tão pura e natural que certamente vai conquistar cada vez mais novos fãs, tanto para a série quanto para os livros de Alice Oseman.

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Imagem: Divulgação

A série traz um sentimento de esperança para as pessoas. Além disso, ela desperta toda a nostalgia de nossa adolescência, com assuntos que são comuns em nosso dia a dia. Não existe uma maldade cruel em nível ameaçador como estamos acostumados em ver em séries que abordam o mesmo público como 13 Reasons Why e Elite.

Por fim, as tr~es temporadas de Heartstopper está disponível na Netflix.