O que acontece quando uma adolescente decide investigar um caso que, teoricamente, já foi solucionado? Essa é a história da nova série da Netflix, Manual de Assassinato Para Boas Garotas.
Baseado no livro homonio de Holly Jackson, a produção é um drama recheado de suspense e mistério. A trama gira em torno de Pip Fitz-Amobi (Emma Mvers), uma adolescente que resolve investigar o desaparecimento que aconteceu na cidade há cinco anos. Apesar da polícia já ter solucionado o caso naquela época, Pip não acredita que o, até então, namorado da vítima tenha sido o culpado.
Mistérios que não acabam
A história inicia com a protagonista tendo que escolher um tema para o trabalho final do último ano do colégio. De todas as hipóteses possíveis, ela se vê escolhendo investigar o caso sobre o desaparecimento de Andie Bell (India Lillie Davies). A jovem sumiu há cinco anos e, apesar do namorado na época do crime ter assumido a responsabilidade, seu corpo nunca apareceu.
Sendo assim, Pip decide começar sua investigação questionando pessoas que eram próximas ao casal no período do acontecimento. É assim que ela acaba se aproximando de Ravi Singh (Zain Iqbal), irmão mais novo do namorado de Andie. Em um primeiro momento, o jovem não quer conversar com a garota, porém, ele acaba mudando de ideia e começa a ajudar Pip a investigar.
Em meio a flashbacks, entrevistas e pistas encontradas, a história vai se desenvolvendo. O roteiro faz com que o telespectador fique preso ao enredo da série, deixando dúvidas sobre quem é o responsável pelo desaparecimento de Andie: Sal Singh (Rahul Pattni), o namorado, ou uma pessoa completamente diferente do que a polícia acreditava.
A relação de Pip com o caso
Logo no primeiro episódio sabemos que Pip conhecia o casal. Essa é uma das motivações da garota, além de acreditar na inocência de Sal. No entanto, ela acaba se envolvendo cada vez mais na história e não se afasta da busca por respostas, nem mesmo quando começa a receber ameaças. Um ponto interessante na construção da narrativa são as cenas que ela se lembra do casal, porque a cada instante existe um detalhe novo para ser analisado.
Outra questão que faz com que a protagonista esteja cada vez mais ligada emocionalmente com o caso, é a sua relação com Ravi. A dupla, que atua como Sherlock e Watson, tem uma química muito boa e, no final, você até acaba torcendo para que eles fiquem juntos.
Agora, um ponto positivo e chama atenção na série é a relação de Pip com os amigos, principalmente com Cara (Asha Banks). Ela acaba sendo a única amiga que ganha mais destaque e a relação das duas é bem interessante de ver, até mesmo quando as cenas envolvem questões do caso. Afinal, a irmã mais velha de Cara era melhor amiga de Sal.
Vale a pena assistir “Manual de Assassinato para Boas Garotas”?
É claro que, como toda adaptação, a série tem diferenças em relação ao livro. Apesar da história envolvente e um segredo novo revelado a cada episódio, o roteiro tem algumas pontas soltas na história e falta desenvolvimento de alguns personagens secundários. Talvez, por se tratar de uma temporada com seis episódios, essas questões foram deixadas de lado para serem trabalhadas em uma possível segunda temporada.
No geral, a série é boa e entrega aquilo que promete: suspense, mistério e drama. A trilha sonora ajuda muito nas cenas de tensão e o elenco faz um ótimo trabalho em frente às câmeras. Um ponto alto foi a escolha das locações, que dão um ar mais misterioso para a história.
O final da temporada foi positivo e surpreendente, mas ainda ficou aquele gostinho de que ficaram faltando algumas respostas para pequenas questões. Agora só resta aguardar para saber se vai ter confirmação de uma segunda temporada, para teremos as respostas para esses questionamentos em aberto.
Por fim, a primeira temporada de “Manual de Assassinato Para Boas Garotas” já está disponível na Netflix.
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