“The Acolyte”, a nova série da franquia Star Wars, chegou ao seu fim. Apesar de prometer explorar o passado da República, dos Jedi e Sith, no final acabou sendo uma grande história que de nada para lugar nenhum. Bom, mas vamos explicar melhor no decorrer do texto, fique com a nossa review de “The Acolyte”.
“The Acolyte” é a mais nova adição ao vasto universo de Star Wars. Situada no final da Alta República, a série promete explorar os mistérios e intrigas do lado sombrio da Força. Mas será que ela consegue trazer algo novo e cativante para os fãs da saga?
Bom, já respondendo à pergunta que inicia a review, não. A série não consegue trazer nada de novo e nem cativante para o universo de Star Wars e se tornando assim, mais uma série que promete muito e no final não entrega nada. E assim, acabou sendo tudo aquilo que não prevíamos nas primeiras impressões.
A série se passa cerca de 100 anos antes dos eventos dos filmes da trilogia original, episódios IV, V e VI, durante o auge da Alta República. “The Acolyte” segue a jornada de uma aprendiz do lado sombrio, Mae Aniseya, revelando segredos e conspirações que preparam o terreno para a ascensão dos Sith.
A trama tenta, e muito, ser complexa e envolvente, com reviravoltas que manteriam os espectadores na ponta da cadeira, porém, ela falha em tudo que se propõe a partir do episódio 3. Sendo assim, tudo o que acompanhamos é uma tentativa muito arrastada e ruim, em uma das épocas mais interessantes da franquia, a Alta República, de introduzir temas interessantes e relevantes em Star Wars.
Direção e roteiro
A direção de “The Acolyte” é ótima, com uma narrativa visual que captura a essência sombria e misteriosa da série. A cinematografia impressiona, ao combinar paisagens exóticas com cenas de ação, que, na maioria das vezes, são boas. Cada episódio consegue encantar com seus cenários e contribui para a construção do universo Star Wars de maneira única.
Porém, o grande problema de “The Acolyte” é em seu roteiro. A série tem um início muito bom e construído, mas a partir do seu 3º episódio, começa a perder seu rumo e foco inicial. Apesar disso, os personagens também são um sério problema, nenhum deles é identificável ou fácil de se ter um certo carinho especial, relevando, em partes, Sol e Jecki Lon que são personagens interessantes de início, mas logo caem nas armadilhas do roteiro. Em seguida, acabam sendo menos relevantes do que a série mostrou que seriam.
Outro grande problema são as personagens de Amandla Stenberg, Osha e Mae Aniseya que são as protagonistas da série, porém acabam sendo apagadas por qualquer outro personagem. As duas deveriam carregar a história, ou pelo menos ser o ponto-chave, mas na realidade são esquecidas e, por muitos momentos, parece que Sol é o dono da série. Faltou um certo tato da direção para colocar em destaque Osha e Mae Aniseya, algo que a série careceu muito. Mas, principalmente, faltou um roteiro decente, impressionante como em 8 episódios, apenas 3 são realmente bons, enquanto os outros ficam entre medianos, ruim e muito ruim.
Atuações e personagens
Pontos interessantes, já que nem tudo “The Acolyte” que será abordado aqui é ruim, de certa forma. As atuações são consistentes, elas entregam o que o roteiro e a direção pedem. Mesmo com um elenco talentoso que dá vida a personagens complexos e intrigantes, a falta de foco e direcionamento aos objetivos atrapalha na imersão.
A protagonista, como já comentado no tópico anterior, uma aprendiz do lado sombrio, é interpretada de forma estranha e um tanto complexa. Entretanto, falha em tentar trazer profundidade e nuances ao papel. Em contrapartida, temos a outra personagem, Osha, uma ex-Jedi que parece perdida em seu caminho e encontra dificuldades em decidir por conta própria. Os personagens secundários também são desenvolvidos de maneira estranha, sendo pouco explorados e trabalhados. Alguns até que são interessantes, como o Jedi Wookie, Kelnacca, mas com o pouco tempo que tem de tela, serve apenas de referência.
Vale a pena?
“The Acolyte” é uma adição complicada ao universo de Star Wars, oferecendo uma nova perspectiva sobre o lado sombrio da Força. Porém, com os diversos problemas que a série possui e a complexidade que ela tenta colocar, quando não é necessário, só ajuda a afastar um novo público. Os efeitos visuais são de boa qualidade, transportando os espectadores para novos e fascinantes mundos dentro da galáxia Star Wars. A trilha sonora complementa perfeitamente a atmosfera da série, com composições épicas que intensificam a experiência emocional dos episódios.
Porém, com um enredo confuso e perdido, atuações estranhas que variam com o que a direção quer e com o que precisaria, e uma produção visual que chega a ser um dos poucos pontos positivos, a série tem tudo para se tornar uma das piores da franquia. Nada em “The Acolyte” ajuda a obra ser lembrada, além de poucas referências aqui e ali. Certamente, a série ficará esquecida após seu encerramento e talvez nem mesmo considerada no cânone oficial de Star Wars. Mas isso só o tempo dirá.
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