Neste último domingo (05), estreou o episódio 4 de The Last Of Us na HBO Max.
Assim, o novo episódio chega com seus 45min, partindo dos eventos emocionantes do episódio anterior, o qual mostrou que ainda há humanidade e civilidade nesse futuro distópico.
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Primeiramente, vale lembrar que a humanidade encontra-se a beira da extinção em um cenário pós-apocalíptico causado por um fungo que transforma suas vítimas numa espécie de “zumbi”, por assim dizer. Em meio a este cenário, temos Joel (Pasqual) e Tess (Anna Torv), uma dupla de contrabandistas, que são obrigados a levar uma garota, Ellie (Ramsey), para encontrar-se com um grupo de rebeldes (os Vagalumes).
Agora, após a ajuda de Bill e Frank com suprimentos, Ellie e Joel conseguem seguir rumo a Wyoming de carro, em busca de Tommy, o qual poderá ter mais informações de onde encontrar os Vagalumes e assim deixar Ellie em segurança com eles.
Até então, o público pode conhecer melhor este novo mundo, com funciona a vida dentro das zonas de quarentena, os perigos que moram além de seus muros e enfim como a sociedade se moldou a esse novo cenário.
Por fim, após um terceiro episódio de altíssima qualidade, será que o episódio 4 de The Last Of Us conseguiu manter o score?
Na estrada…
O quarto episódio logo se inicia de onde o terceiro parou, de modo a dar uma continuidade linear na narrativa.
Dessa formar, o começo se destaca por suas simbologias e enquadramento das cenas, juntamente com sua fotografia: áreas bem abertas, com foco apenas no carro em movimento com uma paisagem desértica.
Essa técnica é muito bem vinda aqui. Aliás, nota-se semelhança com o mesmo efeito em alguns filmes, como em O Iluminado (1980) e Um Lugar Silencioso, por exemplo, os quais há um enquadramento aberto com foco num personagem na tela.
Assim, esse efeito enaltece o quão a dupla está isolada do resto do mundo, ao mesmo tempo em que apresenta uma sútil ideia de afastamento da civilidade destacados no episódio anterior. Em outras palavras, Ellie e Joel atravessam a ponte entre o lado esperançoso para um lado mais caótico deste futuro distópico.
No entanto, essa ponte ainda vai além de uma simbologia metafórica do cenário.
A ponte entre Joel e Ellie
Se atravessar a ponte pode significar a mudança de ares para uma zona mais perigosa, ela também traz o significado de superação.
Aqui me refiro à relação de Joel e Ellie.
Primeiramente, vamos lembrar que a relação de ambos iniciou-se com o pé esquerdo, em meio a armas e ameaças com muita urgência. Logo em seguida, há conflitos de interesse, de confiança e enfim o luto.
The Last of Us acerta em vários aspectos quanto à formação de uma amizade, se desenvolvendo aos poucos, sabendo dançar entre quando deve se aprofundar e quando se segurar.
Agora, em seu quarto episódio, o público pode começar a ver o resultado de uma construção destes últimos episódios para então Ellie e Joel ficarem na mesma página.
Em outras palavras, a dupla de sobreviventes atravessa a ponte com confiança rumo ao futuro, deixando para trás as suas diferenças.
“Eles são pessoas”
O novo episódio também não perde tempo em apresentar um novo monstro: pessoas.
Apesar de uma introdução um pouco confusa, o telespectador finalmente é conhece um pouco mais sobre aqueles grupos de pessoas que foram mencionados várias vezes nos episódios anteriores.
No entanto, novamente, sua o introdução é um pouco confusa, o que se deve ao excesso de mistérios apresentados: a tentativa de instigar e fazer ligações para próximos episódios parece ser uma boa ideia na teoria, porém, na execução, tornou-se vago.
Contudo, ainda assim, fica bem claro o fio que este grupo carrega e o quão ele puxa a história para seu próximo episódio.
Um resumo do episódio 4 de The Last Of Us e o que vem por aí
O episódio pode ser visto como duas partes que se comunicam muito bem.
A primeira foca-se na estrada, com cenários e fotografias bem trabalhadas, ao mesmo tempo em que temos a melhor construção da relação da dupla Joel-Ellie, os quais vão baixando suas defesas e formando uma confiança um no outro. Enquanto a segunda parte foca em apresentação novos perigos, mistérios, além de deixar pontos a serem explorados futuramente.
Por outro lado, a narrativa continua moldando uma história linear, ao mesmo tempo em que consegue trazer elementos do passado de forma fluida. A trilha sonora também é um destaque, juntamente da fotografia, em que transmite a ideia de cada cena.
Por fim, o episódio 4 de The Last Of Us consegue criar uma subtrama bem construída para o mesmo, simultaneamente em que apresenta elementos aqui e ali que despertam curiosidades. Afinal, o que se esconde embaixo do prédio? Quem é Henry e qual sua importância? Como nossos heróis vão sobreviver?
O quato episódio de The Last Of Us já encontra-se disponível na HBO Max.
Aliás, vale lembrar que o próximo episódio (o quinto) estreará exclusivamente na sexta-feira (10), devido ao Super Bowl LVII, que acontecerá no domingo (12).
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