Exclusivamente, nesta sexta-feira (10), estreou o episódio 05 de The Last Of Us no HBO Max

O novo episódio chega com seus 59min, partindo de toda a adrenalina e emoção do episódio anterior, o qual apresentou um cenário mais próximo de um futuro distópico. 

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Primeiramente, vale lembrar que a humanidade encontra-se a beira da extinção em um cenário pós-apocalíptico causado por um fungo que transforma suas vítimas numa espécie de “zumbi”, por assim dizer. Em meio a este cenário, temos Joel (Pedro Pasqual) e Tess (Anna Torv), uma dupla de contrabandistas, que são obrigados a levar uma garota, Ellie (Bella Ramsey), para encontrar-se com um grupo de rebeldes (os Vagalumes).

Agora, em Kansas City, nossos sobreviventes estão na mira de um grupo armado que busca vingança,e que também buscam alguém chamado Henry. Com uma apresentação superficial, sabe-se apenas que o grupo é violento, dominou a cidade e a base da FEDRA, além de ser comandado por Kathleen (Melanie Lynskey).

E além de tudo isso, algumas dúvidas surgiram ao final do quarto episódio: que grupo é esse? Quem é Henry e qual a sua importância? E o que está escondido sob a cidade, tentando passar pelo concreto? 

Por fim, será que o novo episódio trouxe tais respostas? Afinal, o episódio 05 de The Last Of Us é bom?

Sobre o episódio 05 de The Last Of Us

the last of us episódio 05
Imagem: Reprodução

Depois de se esgueirarem pela cidade enquanto se escondem dos habitantes de Kansas City, Joel e Ellie se depara com os irmãos foragidos Henry (Lamar Johnson) e Sam (Keivonn Woodard). 

Agora, com objetivos em comum, eles devem se unir se quiserem sair vivos da cidade. Entretanto, escondidos como ratos em túneis, o grupo descobrirá que ainda há espaço tanto para esperança, quanto para perigos nunca vistos antes. 

Os ratos de Kansas City

O episódio inicia-se voltando 11 dias no tempo. Apesar de rápido, o flashback parte da perspectiva de Henry e Sam, dois irmãos que buscam sobreviver em meio a revolução do povo contra o domínio da FEDRA, em Kansas City. 

Vale ressalvar que esse breve início é importante, uma vez que ele contextualiza o público quanto a situação da cidade, ao mesmo tempo que começa responder a perguntas deixadas no quarto episódio. Sendo assim, a introdução dos irmãos é contada linearmente, de forma cativante e com muito cuidado para não se perder do núcleo principal. 

Em outras palavras, o público é contextualizado quanto a situação, se apegando a Henry e Sam, ao mesmo passo em que vão d encontro com nossos heróis, Joel e Ellie,  de forma contínua. 

O Castelo e o Monstro

O quinto episódio também traz a ideia de divisão de mundos. Ou seja, uma porta que separa a realidade caótica de um mundo encantado. 

Aqui, constantemente, há a  evocação da inocência neste cenário onde a mesma não teria espaço se fosse fora neste mundinho, assim como a ressurreição da esperança. Mesmo que breve, aquece o coração do público ver e relação genuína de Ellie e Sam tomando forma, os quais finalmente podem agir como as crianças que são.

sam ellie the last of us

Enfim, o episódio também deixa uma mensagem implícita: ao entrar no País das Maravilhas, tudo é perfeito, não há o que temer. Porém, ao sair, tome cuidado: a inocência não tem espaço para o mundo de The Last Of Us

E este cuidado refere-se a todos os monstros que habitam neste universo, infectados ou não, bem como a situações que marcam e desafiam a moralidade. Dilemas são necessários enfrentar, medos são armas necessárias para sobreviver.  Em outras palavras, é sobre isso: resistir e sobreviver.

No quesito mais técnico, voltando-se a atuações, vale destacar a atuação de Melanie Lynskey como a líder revolucionária Kathleen: mesmo com pouco espaço para se crescer, a atriz consegue dar personalidade a uma antagonista afogada no luto, na raiva e nas mais diversas emoções, elaborando questões morais e até inseguranças de uma personagem que poderia ser tão bem esquecida se fosse em outra série.

E quanto a construção, a trama também trabalha com excelência a relação de confiança entre Joel e Henry. Isso é, da desconfiança a uma parceria. Enfim, é aqui que Joel pode se olhar no espelho e ver algo mais profundo sobre si mesmo, o seu passado e suas escolhas são compreendíveis da mesma como as de Henry.

Por fim, é dessa parceria que surge a questão: o que é ser vilão? Uma escolha duvidosa para salvar quem se ama, o faz vilão? Até onde vai essa linha tenue?

Em modo geral, o quinto episódio é uma história de Medo X Esperança.

Resumo do episódio 05 de The Last Of Us e o que vem por aí

Imagem: Reprodução

Mais uma vez, The Last Of Us dá holofotes as relações humanas, ao invés de focar somente nos monstros da série. Logo, dessa maneira, a série se difere, já se mostrando como inovadora em seu gênero. 

Ainda, dar oportunidade de resgatar a inocência de Ellie, ao colocá-la juntamente com outra criança, traz luz para um lugar sem futuro. Vemos uma chama de esperança reascender com a inocência na relação dos jovens.

no entanto, nem tudo são flores: resgatar a inocência é bom, porém, não deve se ainda ter cuidado. E isso fica bem claro com a resolução do episódio. Se não tomar cuidado com a chama, você se queimará.

De modo geral, o quinto episódio traz uma sensação próxima daquela apresentada no terceiro, com Bill e Frank. Porém, se um foca no aspecto de humanidade e civilidade em meio ao caos, aqui a discussão é outra: trata-se da dualidade da esperança e do medo.  

Por fim, é importante ressaltar a química formada  por Lamar Johnson e Keivonn Woodard, os quais transmitiram personalidade a dois personagens que marcam a vida dos protagonistas daqui para frente.

E por falar do futuro desta história, sabemos que Joel e Ellie avançam, em mágoas e culpas, ao oeste ainda em busca de Tommy. Por outro lado, fomos enfim apresentados a um novo estágio da infecção (conhecida pelos fãs como Baiacu), o qual está a solta por aí e que, aparentemente, tem muita força e resistência. Será que ele vai voltar? E quando?!

O episódio 05 de The Last Of Us já está disponível na HBO Max. Vale lembrar que o sexto episódio estreará somente na outra semana, no domingo (06), às 23hs.

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