Neste último domingo (22), estreou o episódio 2 de The Last Of Us na HBO Max. Com Pedro Pasqual e Bella Ramsey, a adaptação chegou semana passada e logo bateu o recorde de estreia mais assistida no HBO Max.
Agora, nessa semana, a série conta com seu segundo episódio de 52min.
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Primeiramente, vale lembrar que a humanidade encontra-se a beira da extinção em um cenário pós-apocalíptico causado por um fungo que transforma suas vítimas numa espécie de “zumbi”, por assim dizer. Em meio a este cenário, temos Joel (Pasqual) e Tess (Anna Torv), uma dupla de contrabandistas, que são obrigados a levar uma garota, Ellie (Ramsey), para encontrar-se com um grupo de rebeldes (os Vagalumes).
Ainda, ao final, o primeiro episódio termina engatilhado para o próximo episódio, com mistérios envolvendo o estado de Ellie e um suposto clima de perigo que está por vir – ao som de Never Let Me Down Again, do Depeche Mode.
Dessa forma, o piloto recebeu inúmeros elogios pelo modo de adaptar ora fiel, ora original.
Por outro lado, ao receber tantas críticas positivas, a série encontra-se diante um desafio: superar as altas expectativas que ela mesma criou. Logo, resta a dúvida: será que o novo episódio conseguiu manter a qualidade?
Sobre o episódio 2 de The Last Of Us
O novo episódio segue logo de onde os nossos sobreviventes pararam.
Apesar de Joel, Tess e Ellie conseguirem escapar dos militares que protegiam a zona de quarentena, a dupla de contrabandistas descobrem que Ellie pode estar infectada pelo Cordyceps.
Agora, no mundo além dos muros, o trio deve decidir se de fato seguirão com a missão: chegar ao antigo Capitólio, onde um grupo de Vagalumes aguardam pela chegada de Ellie, com a bateria e suprimentos para Joel e Tess.
Ao mesmo tempo, em mundo aberto, perigos se escondem nos cantos mais escuros.
Para além dos muros
Se o episódio anterior serviu como uma introdução a este novo mundo, o segundo episódio logo vai além dessa nova realidade.
Aqui, o público é de fato apresentado ao mundo além dos muros das zonas de quarentena. Somos introduzidos para além da doma, ao mesmo tempo em que conhecemos os seus perigos e os medos que habitam ali.
Aliás, por falar em medo, o público pode finalmente sentir o real tom de terror e suspense que habita a história. Se no primeiro episódio houve uma breve degustação em sua primeira metade, aqui público se agarra a cadeira e sente a tensão pelos seus personagens.
Outro ponto interessante está na forma a qual tratam o Cordyceps: o fungo torna-se um personagem ativo. Ele sente, move a história e ainda tem até uma história de origem, a qual chega com sutileza, além de confirmar diversas teorias de vários fãs. E por falar nessa origem, ela faz parte da introdução do episódio. A sutileza de como a narrativa se comunica entre os episódios e até durante o próprio episódio 2 é excelente.
Em outras palavras, se lá no episódio piloto se comenta brevemente (e até com tom de piada) sobre um acontecimento em Jacarta, aqui vemos de fato esse acontecimento para logo então conhecer as consequências do mesmo.
Portanto, a narrativa segue um caminho linear e sabe muito bem a onde quer chegar.
Entre referencias e simbologias
Além disso, outro grande acerto da narrativa está em sua maneira de narrar a história de modo a tornar até uma breve caminhada em algo interessante, que ainda mantem o público atento.
Portanto, o foco na longa caminhada do trio, alternando entre passos pela trilha, e ou algo mais simbólico, como os três patos nadando pelas águas. Esses elementos transformam a jornada mais lenta em algo dinâmico. Assim como ocorre com o sarcasmos e climas entre os personagens que animam o público.
Além disso, o episódio 2 de The Last Of Us não perde tempo em recorrer a referencias do cinema para transmitir a emoção do momento. Dessa maneira, o tom de perigo e a tensão causada pelo mínimo de barulho como em Um Lugar Silencioso (2018), ou então um certo beijo da morte a la Michael Corleone e Fredo (O Poderoso Chefão 2) são super bem vindos aqui.
Ainda, vale também uma comparação de como o beijo da morte aqui pode também ser visto em duas perspectivas: de despedida, como também um convite a fazer parte do todo.
Um resumo do episódio 2 de The Last Of Us e o que vem por aí
O segundo episódio é certeiro: a trama trabalha com elementos profundos, colocando o público a explorar o mundo além das zonas de quarentena.
Aqui somos apresentados a um novo personagem e vilão: o próprio fungo, que se alastra, sente, respira e até move a história.
Ainda, o segundo episódio não poupa nos recursos narrativos, seja de modo explicito, ou pelas sutilezas da trama ou do próprio cenário, o telespectador não perde o foco do desenvolver da trama, seja nos momentos mais calmos ou nos mais tensos.
Portanto, esses elementos que movimentam a história servem para provocar e dão corda para futuras situações. Um exemplo disso está nas menções a Bill e Frank, seja no primeiro episódio ou então no final bombástico do segundo.
Agora, o que os nossos sobreviventes encontrarão nos próximos episódios? Isso somente no terceiro episódio de The Last Of Us, que sai domingo que vem (29) às 23hs, na HBO Max.
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