Neste último domingo (29), estreou o episódio 3 de The Last Of Us na HBO Max. O terceiro episódio era esperado por muitos, uma vez que estava tendo muitas avaliações positivas, atingindo uma excelente avaliação no IMDb.
Assim, o novo episódio chega com seus 80min (mais longo que o anterior), no qual o público conhece as novas caras de Bill e Frank, interpretados por Nick Offerman e Murray Bartlett, respectivamente.
LEIA TAMBÉM: Review | The Last Of Us – Episódio 2
Primeiramente, vale lembrar que a humanidade encontra-se a beira da extinção em um cenário pós-apocalíptico causado por um fungo que transforma suas vítimas numa espécie de “zumbi”, por assim dizer. Em meio a este cenário, temos Joel (Pasqual) e Tess (Anna Torv), uma dupla de contrabandistas, que são obrigados a levar uma garota, Ellie (Ramsey), para encontrar-se com um grupo de rebeldes (os Vagalumes).
Agora, após os eventos bombásticos do segundo episódio, os sobreviventes resolvem procurar por Bill e Frank, uma dupla a qual poderia ajudá-los a encontrar alguma base dos Vagalumes.
Os episódios anteriores focaram em contextualizar o público a este novo mundo de sobrevivência, ao mesmo tempo em que harmoniza entre a fidelidade ao jogo e a produção de elementos originais para a série.
No entanto, o episódio 3 de The Last Of Us ousa em ir além da harmonização e dar mais liberdade criativa a série. Será que deu bom?
Sobre o episódio 3 de The Last Of Us
Após o trágico final do episódio anterior, apenas Joel e Ellie seguem em frente a jornada.
Agora, após ter perdido o local de encontro com os Vagalumes, a dupla deve procurar ajuda com dois amigos, Bill e Frank, os quais podem ter informações sobre o grupo secreto e onde localizá-los.
Enquanto isso, o público tem a oportunidade de se adentrar a vida do complexo de Bill e conhecer a história que o uniu a Frank.
Ousadia além da segurança
Com muita ousadia, o novo episódio apresenta maior liberdade e deixa a mente criativa do roteirista Craig Mazin explorar mais afundo o mundo criado por Neil Druckmann, e assim ele trabalha com uma das histórias mais sutis que o jogo esconde: a história de Bill.
Portanto, logo em sua premissa, o episódio encontra a difícil tarefa de agradar fãs fiéis ao jogo.
No entanto, sem medo algum, a série consegue enfrentar o desafio de frente.
Assim, trabalhando com dois núcleos – passado e presente – o episódio consegue trabalhar muito bem com estes e seus elementos, em uma narrativa progressiva. O seus desenvolvimento segue o tempo necessário para contar de fato uma história nova e que irá muito além do já vimos até agora.
Enfim, o passado e o presente se conversam e quanto mais e mais se aproximam, mais o telespectador quer que este encontro aconteça.
Por outro lado, o episódio 3 de The Last Of Us ousa também em explorar o lado ainda humano da civilização.
Dessa forma, o público tem chance de andar pela estrada do sincero e singelo romance, ao mesmo passo em que, aos poucos, esquecemos que estamos em cenário pós-apocalíptico, sendo convidados a nos emocionarmos das mais diversas maneiras neste novo episódio.
De modo mais explícito, se no presente há o luto pelo fim de relação e pelo acontecido com Tess e o nascer de uma entre Joel e Ellie, enquanto no passado há um livro cheio, contando o nascer e o desenvolvimento de um relacionamento. Tal dualidade se conversa para no final se casarem e podermos seguir com a história de Joel e Ellie.
Bill, Frank e a adaptação
Temos neste episódi a primeira mudança de foco no protagonismo, puxando a perspectiva da história para a visão de Bill.
Aqui, a história vai muito além do material original criado por Neil Druckmann.
Se no jogo a relação Bill-Frank é sutil e com um término de rancor em uma carta, aqui a relação começa com uma breve oportunidade de se aproximar.
Soa como um reencontro da humanidade, com uma mistura de medo e ansiedade que transformam-se com a narrativa simples, porém, bem construída.
Tanto Bill e Frank conseguem ter suas respectivas profundidades. Apesar de Frank não ter um desenvolvimento tão explorado, bem diferente de Bill, que não só cresce e amadurece, como também possibilita uma das coisas mais difíceis de um personagem e de uma pessoa: o poder se auto conhecer.
Assim, da mesma forma como a relação deles florescem, o terceiro episódio chega com emoções e termina com elas a flor da pele.
Um resumo do episódio 3 de The Last Of Us e o que vem por aí
O terceiro episódio traz uma narrativa inovadora. Ela resgata a humanidade de um mundo não tão civilizado.
Com dois núcleos que retratam o passado e o presente, o episódio flui, apresentando um diálogo entre eles. Enquanto um trabalha com o luto e a construção de nova relação (Joel-Ellie), no outro temos o nascer, crescer e o amadurecimento de outra (Bill-Frank).
Em outras palavras, apesar de todo o caos e monstros, ainda há espaço para amizades e amores neste mundo. A humanidade pode ser humana.
Ainda, vale uma menção honrosa a trilha sonora apaixonante que se casa tão bem com a fotografia e suas palhetas de cores. Dessa forma, os elementos só alimenta mais e mais todas as sensações do episódio 3.
No quesito narrativo, o terceiro episódio serve como uma ponte: ele liga os eventos bombásticos do passado e dos episódios anteriores, bem como dá um norte ao público, mostrando que há muita história pela estrada. Aliás, Joel e Ellie finalmente podem partir em busca de Tommy, porém, quais desafios os aguardam a frente?
Outros elementos são trazidos ao episódio, que são os saqueadores: até então, foram apenas mencionados e somente agora deram as caras brevemente. Poderão ser mais relevantes no futuro?
Bem, para essas respostas, somente no próximo episódio de The Last Of Us, que sai dia 05 de fevereiro, às 23hs, no HBO Max.
Para mais análises e notícias de suas séries favoritas, fique de olho aqui no portal e nos acompanhe no Instagram também.