O conflito entre a Rússia e Ucrânia gera comentários sobre guerra mundial, motivações, organizações mundiais e o que está acontecendo nesse momento. Confira abaixo o que ocorreu durante a semana e nas últimas horas:
Ao longo da semana
No domingo (20):
Putin e Macron (presidente da França) conversaram por telefone com fins diplomáticos. Visando evitar a guerra, concordaram em diminuir a tensão nas fronteiras dos rebeldes pró-Rússia. Ademais, o presidente Russo reforçou o pedido de que a OTAN e os EUA levassem a sério sua exigência de que a Ucrânia nunca faça parte da OTAN. *Com conversas de integração da Ucrânia na OTAN, a Rússia se vê excluída, ameaçada e cercada.
Na segunda (21):
Entretanto, a Rússia reconheceu a independência de Donetsk e Luganski, no leste ucraniano. Assim, fortaleceu os questionamentos do Ocidente sobre uma possível invasão. Visto que, somando a essa decisão, também declarou o envio de tropas militares para as fronteiras separatistas para “manter a paz”.
Donetsk e Luganski: Na sua maioria falantes nativos de russo, os separatistas são da região conhecida como Donbass, no leste ucraniano. Em 2014, proclamaram independência, porém o governo da Ucrânia não reconheceu. Mas, com a sua conexão com a cultura russa, a mesma demonstrou interesse e proteção. Bem como cidadania, passaportes e levantou questões sobre supostos ataques aos rebeldes.
Na terça (22):
Então, em resposta a seu posicionamento bélico, Zelenski, presidente da Ucrânia, se recusou a ceder seus territórios. Ainda, em seu discurso à nação, afirmou que a Rússia arruinou as negociações de paz e a nomeou responsável pelas consequências de tal ato. Bem como disse esperar medidas contra a Rússia por parte de seus aliados.
Em decorrência, foram implementadas restrições. Nesse sentido, foi decretado o congelamento de ativos russos, redução na exportação de produtos, bem como proibição de levantamento de capital a suas empresas nos Estados Unidos. Em acréscimo, Joe Biden autorizou novas tropas na região. Segundo ele, como movimento defensivo.
Volodymyr Zelenski afirmou:
“Toda a responsabilidade pelas consequências ligadas às decisões mencionadas cabe à liderança política da Rússia.”
Na quarta (23):
Então o presidente da Ucrânia decretou lei marcial pelo temor do ataque iminente da Rússia. Assim como o ministro das relações exteriores da Ucrânia criticou as decisões de Putin, dizendo: “Vladimir Putin negou o direito da Ucrânia de existir.”
Ataque
Afinal, confirmando os temores, na madrugada de quarta-feira (23) para quinta-feira (24), a Rússia atacou a Ucrânia. Porém, ao autorizar a operação militar que se iniciou na região Donbass, a Rússia e seus aliados quebraram os Acordos de Minsk*.
Ao passo que quarteis, aeroportos próximos de Kiev, bem como Kharkiv – segunda maior cidade da Ucrânia -, são alvejados por mísseis. Também se revelam os interesses russos de invasão à Ucrânia, independente de seu acordo de proteção aos separatistas.
Em sua defesa, a Ucrânia pediu que os cidadãos se alistassem. E, também, que as pessoas doem sangue. Porém, uma parcela da população se direciona para as fronteiras do país, ao procurar abrigo nos países vizinhos. O que causa congestionamento nos postos de abastecimento, supermercados, bancos, farmácias. Bem como nas rodovias, estações de trem, entre outras vias de transporte. Exceto aéreas, visto que voos comerciais foram proibidos na região.
*Acordos de Minsk: Tratados de não-agressão assinados por Ucrânia, Rússia e separatistas pró-Rússia.
Mais sanções contra a Rússia
Em continuidade, nesta quinta-feira (24), os líderes de 27 países da União Europeia se reuniram em Bruxelas. Mediante o cenário, concordaram com mais sanções contra a Rússia, estas com base em cinco pilares: Setor financeiro, energia, transporte, controle de exportações e restrições de vistos. Porém, ainda não revelaram os detalhes.
Boris Johnson afirmou sobre a crise:
“44 milhões de europeus vão se tornar alvo de uma agressão em larga escala, sem justificativa, com essas razões místicas absurdas que Putin descreveu.”
O que esperar?
Putin afirma:
“A melhor decisão dessa questão seria a que nossos colegas ocidentais não percam a compostura e que a Ucrânia recuse, por si só, a entrada na OTAN. Ou seja, voltaríamos para uma questão de neutralidade.”
Entretanto, a OTAN envia tropas para a Ucrânia e a população ao redor do mundo faz protestos a favor da paz, contra a Rússia. Uma vez que a decisão de Putin trouxe baixas como:
Mais de 100 mortes;
Prédios em chamas;
Soldados mortos na Ilha da Cobra;
Avião militar bombardeado essa noite (sexta-feira, 25), entre outros;
bem como revelou um plano de meses com aumento no banco de sangue de seu país e ações estratégicas. Ainda assim, as organizações mundiais criam as sanções visando a quebra de sua economia com limites que consideram como um possível retorno à diplomacia.
