O aguardado remake de Samurai X (Rurouni Kenshin) já esta entre nós, saindo semanalmente na Crunchyroll, legendado. Agora, após o começo do anime, vou listar motivos para assistir (ou não) a esse esperado remake.

Polemica com o autor e sua prisão

Nobuhiro Watsuki samurai x
Imagem: Redes sociais

Primeiramente, talvez o maior motivo para NÃO assistir ao remake do anime, para alguns, será a polemica envolvendo o criador da obra Nobuhiro Watsuki com o crime de pornografia infantil. O caso ocorreu em Novembro de 2017, dois meses após o lançamento do manga de  Rurouni Kenshin: Arco de Hokkaido, no qual continua a história de Kenshin após o final da saga clássica.

O autor foi detido pela policia japonesa, onde na ocasião, encontraram DVDs com conteúdos pornográficos de meninas adolescentes em seu escritório. Watsuki confessou seu crime e comportamento repulsivo. Em fevereiro de 2018 o autor recebeu a condenação em forma de multa, de 200 mil iens (cerca de R$6 mil reais na época). Ironicamente o caso chocou bem mais o público ocidental do que os próprios japonses, isso porque poucos meses após sair sua condenação o autor voltou a publicar sua história na Jump comics. Segundo nota no da Jump, Watsuki estaria vivendo uma vida de “reflexão” e “penitência”, mas que ele e a editora Shueisha decidiram continuar a publicação como dever de responder o anseio dos fãs pelos segredos da história.

Polemica no Brasil e no mundo

Essa “passada de pano” da editora não foi bem recebida pelas editoras ocidentais e nem pelo público. A viz media, que publicava a marca samurai X na época nos EUA, cancelou a publicação do mangá imediatamente após a notícia, e não retornou até hoje mesmo após o autor ter quitado seu débito com a justiça.

Então, por esse motivo, diversos fãs pararam de apoiar a obra, mesmo gostando tanto, o que inclui esse Remake. Aqui seria o caso clássico de “separar o autor da obra”, contudo essa é uma avaliação individual de cada pessoa. O que é chocante em todo esse caso, é o fato do Japão incluir como pena a pornografia infantil somente em 2015, onde a pena máximo seria 1 ano ou multa de até 1 milhão de ienes (algo próximo a R$ 29 mil), que não foi o caso de Watsuki. O que gera muita estranheza a todos, sendo o Japão, um país bem rígido contra crimes de violência e roubos, ser tão “conivente” quando se trata de pornografia infantil.

Dublagem

Após toda a questão polemica, o segundo ponto que no caso vale mais para nós brasileiros seria a dublagem, até o momento a Crunchyroll publicou irá dublar o anime mas sem informar ainda a data. Até então, o anime sairá no formato SimuDub, ou seja, poucas horas depois da exibição no Japão, aqui na Cruncyroll, para os assinantes do serviço.

Ainda a respeito da dublagem, caso seja confirmada, espera-se que os dubladores clássicos se mantenham, afinal Kenshin recebeu uma otima dublagem, digna dos animes da década de 1990. Mesmo sendo exibido por pouco tempo na TV Globo, devido a sua violência, e posteriormente exibido no Cartoon Network. O anime encantou os fãs de animes brasileiros

História e fidelidade

Depois dos motivos para desanimar, aqui irão alguns pelos quais valerá apena assistir. A primeira delas seria a história, que agora deve seguir fielmente o mangá, com possibilidade de chegar ao arco de Hokaido, atualmente sendo escrito pelo autor.

Imagem: Mangá Jbc

Anteriormente o anime exibido entre 1996 e 1998, com 95 episódios não seguiu toda história original. Isso porque saiu ao mesmo tempo em que o mangá teve sua publicação, sendo necessário a criação dos famosos “fillers”, usado nos animes. Principalmente na fase final do anime, após a saga de Kyoto, onde a partir desse ponto, segue uma história diferente, feita apenas para o anime.

Contudo, a fidelidade ainda ao anime clássico se mantém, pois as cenas do primeiro são quase que idênticas, exceto por pequenas mudanças, e claro também a uma melhora na animação.

Animação

Falando em animação, o estúdio Liden Films (Tokyo Revengers) já mostrou um excelente trabalho nesse começo de anime. A primeira adaptação do anime era do Estúdio Deen e o estúdio Gallop, contudo agora apesar de manterem os traços parecidos com o primeiro anime, a qualidade é muito maior. A direção é de Hideyo Yamato (Cells at Work! Code Black), com roteiro de Hideyuki Kurata (Girls’ Frontline), desenho de personagens de Terumi Nishii (JoJo Parte 4). Portanto, se for por qualidade de animação, podem assistir sem nenhum receio.

Conhecer a obra

Por fim, para aqueles que nunca assistiram nada ou leram o manga de Rurouni Kenshin, essa pode ser uma ótima oportunidade de conhecer a obra, mergulhando no Japão da era Meiji, com muito sangue e lutas de espadas, seguindo a vida de “redenção” de Kenshin, conhecido anteriormente como Battousai o retalhador, e agora é um andarilho que prega a filosofia da “espada para a vida”, se recusando a matar novamente.

Os episódios saem as quinta-feiras as 15:00 da tarde na Crunchyroll

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