“Após perder a família em um trágico acidente, Eduard viaja para universos paralelos em busca de um final melhor para o amor de sua vida, Elisa.” (Sinopse da Netflix)
Com uma temporada de 10 episódios – cada um com mais de 50 minutos -, a série catalã dá a Eduard (Pablo Derqui) a oportunidade de visitar seu grande amor através do espaço-tempo e ele, em tentativas de reaver suas esperanças perdidas, se envolve com cada realidade nova. Mas o acidente o persegue nas diferentes versões, como uma referência ao entendimento de que um acontecimento gerado em uma possibilidade X é produzido nas outras possibilidades que estão com ela relacionada – O encontro de Eduard com Elisa (Andrea Ros) e sua paixão, casamento, família.
No contato com suas versões, podemos ver que eles são em essência os mesmos, os quais repetem com leves modificações a forma como se conhecem e encantam um pelo outro.
Um direcionamento da senhora que o ajuda em sua busca por resposta/alívio da saudade, diz que cada vez que a pessoa se encontra em uma bifurcação de decisões há a criação da versão não escolhida de forma paralela, portanto infinitas vivências de uma mesma pessoa.
O romance é o foco, mas o entendimento astrofísico flui o enredo e levanta questionamentos: Se você pudesse ir no seu passado, mudaria algo, mesmo sabendo que qualquer alteração tem consequências não necessariamente satisfatórias? E quem na sua vida você tem certeza que conhece em todas as suas versões no espaço-tempo?