Há 51 anos, no dia 1 de março de 1973, o Pink Floyd lançou ‘The Dark Side of The Moon’. O disco marcou uma nova fase da banda para a época e revolucionou a indústria da música. Entenda:

Em 1964, a psicodelia era muito presente nos álbuns do Pink Floyd. Principalmente por conta do fundador, guitarrista e vocalista Syd Barrett, junto de Roger Waters (baixista e compositor), a banda adotou esse estilo nas composições.

Syd Barrett foi um grande compositor para que a banda se tornasse de fato o Pink Floyd. Porém, no final de 1967 ao início de 1968, Syd adotou gradativamente um comportamento imprevisível e até violento, por conta do uso excessivo de LSD.

Com isso, mais tarde, o guitarrista David Gilmour veio a se juntar à banda. Depois do lançamento do álbum ‘Meddle‘, o Pink Floyd entrou em uma turnê no Reino Unido, Estados Unidos e Japão.

Desenvolvimento e criação do álbum

Enquanto ensaiavam, por mais que lançar um disco novo não fosse prioridade, Roger Waters deu a ideia de apresentarem um novo material nos shows da turnê. O intuito de Roger era que eles escrevessem músicas que “cansam as pessoas”, assim como o cansaço que sentiam em relação aos seus estilos de vida e à situação com Syd Barrett.

Então, Rick Wright (tecladista), Nick Mason (baterista), David Gilmour e Roger Waters iniciaram a gravação do disco. De início gravaram no próprio estúdio na casa de Roger, e enquanto isso, mesmo sem finalizarem a gravação, iniciaram a turnê ‘The Dark Side of The Moon Tour‘.

A turnê foi de 1972 a 1973 e contou com shows no Canadá, Estados Unidos e em alguns países da Europa. Assim, eles realizaram o ‘Dark Side of The Moon: A Piece for Assorted Lunactics‘, que na plateia contava com a presença de jornalistas e críticos. Com isso, o Pink Floyd recebeu avaliações muito boas dos profissionais.

Michael Wale, do The Times, comentou que o espetáculo “traz lágrimas aos olhos”. Por outro lado, a banda recebeu avaliações negativas como a que foi publicada na revista Melody Maker: que apontou que as ideias eram grandiosas, mas que a sonoridade dava impressão de que as pessoas estavam dentro de uma jaula de zoológico. O que era compreensível, já que o som que a banda apresentava era diferente do som final do álbum, devido à falta de sintetizadores.

Recordes e impacto do Pink Floyd

Depois disso, a banda prosseguiu dando pausas nas turnês para a finalização do álbum, que foi gravado no Abbey Road Studios, em Londres, de meados de 1972 até o início de 1973. O engenheiro de som Alan Parsons, que também já havia gravado o ‘Atom Heart Mother‘ e era famoso por ter trabalhado com os Beatles, também foi importante para as sessões.

Durante meses, a banda pausava a gravação por inúmeros motivos banais, mas conseguiram concluir todo o álbum. Pink Floyd também foi inovador nos efeitos sonoros. Alguns exemplos inovadores para a época são o uso do loop, a gravação de sons reais de dinheiro e a gravação de forma simultânea vários relógios.

Além disso, a capa do The Dark Side of The Moon (um prisma sendo atingido por feixe de luz, o transformando em um arco-íris) foi feita para mostrar a complexidade do álbum mesmo por trás de uma capa “simples”. Vale frizar que o disco tem o intuito de ser reflexivo e tirar o ouvinte de sua zona de conforto.

Assim que foi lançado, disco se tornou um sucesso imediato, sendo o primeiro a peermanecer no topo da Billboard 200 por mais de 900 semanas. O álbum vendeu mais de quinze milhões de cópias nos Estados Unidos e aparece na hisória de álbuns mais vendidos no país, assim como na França e no Reino Unido. Em 2003, a revista Rolling Stone anexou o álbum em segundo lugar na lista de “200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame”.

*Redatora em experiência sob supervisão de Lara Aguiar