O mercado de peças de computador sofreu um aumento considerável de preço nos últimos 5 anos. E um dos grandes motivos é a alta do dólar para importações. Com a pandemia de COVID-19, os valores, que já estavam muito mais altos, agora se tornaram grandes vilões do setor. Um dos mais afetados é o mercado de Notebooks. De acordo com a IDC Brasil (International Data Corporation), os portáteis subiram mais de 17% no país em 2021. Além da alta do dólar, o aumento da demanda, em função do home office e o ensino a distância, contribuíram para que os computadores quase que dobrassem de preço.

Uma opção que tem se mostrado muito interessante é a compra de itens usados. Claro, para investir em um notebook de segunda mão alguns detalhes precisam ter bastante atenção. De acordo com Lucas Navarro, do site “Já Vendeu“, o consumidor precisa observar o que vai comprar para não ter nenhum problema posterior. Um usado pode sair até 30% mais barato que um novo, e pode gerar uma boa economia para o consumidor. Somente em 2021 o mercado de itens usados cresceu mais de 48%.

Vale a pena comprar um notebook usado?

O consumidor precisa ter atenção principalmente nos golpes, tanto no produto quanto na forma de pagamento. É preciso confirmar a existência do produto, conferir se o vendedor é realmente quem ele diz que é, e claro, se o produto atende de fato aquelas configurações ofertadas. Uma dica é conferir o histórico de avaliações do vendedor, e testar o produto antes de fechar a compra. As autoridades recomendam que negociações assim sempre sejam feitas em local público, como shoppings e ou restaurantes.

Outra dica é buscar informações a respeito do Notebook que você deseja e precisa. Modelo, especificações de hardware como HD, Memória, Placa de Vídeo, além de tamanho de tela, teclado, touch, etc. É importante o comprador fazer alguns testes de memoria, bateria e teclado. Para testar a memória RAM você pode fazer pelo próprio windows ou utilizar um programa como o AIDA64, que além da memória, testa outros periféricos.

É recomendável fazer algum tipo de recibo de venda, principalmente para evitar problemas futuros. Pergunte ao vendedor se ele oferece garantia de devolução em caso de problemas, e dê preferência para os que aceitem essa garantia. De acordo com o artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), todo produto está sujeito à Garantia Legal. Com prazo de 30 (trinta) dias para produtos não duráveis e 90 (noventa) dias para produtos duráveis. Sem distinção entre produtos novos e usados. Mas é importante salientar que essa garantia é válida somente para vendedores habituais, com loja física ou virtual. Para vendas entre pessoas físicas vale o bom senso e a palavra, por isso, é importante conferir todos os detalhes antes de pagar.

Enfim, existem várias plataformas de vendas de usados no mercado, como o Já Vendeu, OLX, Mercado Livre, entre outros. Pesquise e veja quais as opções mais seguras.