Ao descer o feed do Instagram nesta quarta-feira, 14, é provável que você se depare com declarações de amor, fotos de casais e muitos corações no clima do dia dos namorados americano. Embora o Valentine’s Day não seja celebrado no Brasil, não é difícil encontrar apaixonados por aqui. Que tal aproveitar a ocasião para conhecer mais sobre essa data e celebrar com um bom romance estadunidense?
O que é o Valentine’s Day?
O Valentine’s Day tem suas origens associadas ao cristianismo e a um santo católico chamado São Valentim, cuja data de celebração coincide com o dia dos apaixonados. No entanto, muitas histórias e lendas antigas permeiam sua criação. Uma delas a uma antiga celebração romana que costumava ocorrer em meados de fevereiro, a Lupercália.
Originalmente, essa festividade era dedicada à fertilidade e incluía rituais pagãos. Contudo, com o passar dos anos, no entanto, a celebração foi desencorajada. Mesmo assim, seus significados persistiram e teriam se mesclado com os do Dia de São Valentim. O mártir que tem seu dia especial, também é associado ao amor nos Estados Unidos.
Em suma, ele realizava casamentos secretos e escrevia cartas apaixonadas para uma carcereira, assinando como “Seu Valentim“. Apesar das histórias, fato é que os americanos transformaram a data no dia dos apaixonados e se tem uma coisa que eles entendem, é de romance! Vamos conhecer três livros para sentir um gostinho do American Way of Life:
Clássico americano – ‘O Grande Gatsby’ de F. Scott Fitzgerald
Se vamos falar de romance americano, é imprescindível mencionar F. Scott Fitzgerald. Sobretudo, o romancista percorreu as ruas de Nova York como ninguém e escreveu um dos maiores livros do século. Além de nos prender com a busca incessante de Jay Gatsby por sua amada Daisy Buchanan, o livro conseguiu pintar um retrato perfeito da época.
Ambientado na cidade que nunca dorme na década de 20, Fitzgerald conta a história de um jovem de origens humildes que se tornou milionário, mas nunca esqueceu a mulher que sempre amou, através da narração de outro escritor. Agora rico, ele compra uma mansão e dá festas luxuosas todos os dias na esperança de que sua amada apareça.
Clichê atualizado – ‘Todas as suas imperfeições’ de Colleen Hoover
Ame ou odeie, Colleen Hoover está dominando as prateleiras das livrarias nos Estados Unidos e no mundo todo. A escritora americana conseguiu retratar em suas obras o clichê necessário. Na história de Quinn e Graham, ela apresenta um romance ritmado e atualizado sobre dois jovens que se conhecem após serem traídos por seus parceiros.
A questão que Hoover levanta é: será que duas pessoas imperfeitas conseguem manter um casamento feliz nos dias de hoje? Com muitas cenas água com açúcar, dignas de uma comédia romântica dos anos 2000, e questões como promessas quebradas e repetidas infelicidades, a autora responde a essa pergunta.
Romance disruptivo – ‘Cleopatra & Frankenstein’ de Coco Mellors
Embora tenha crescido entre Londres e Nova York, Coco Mellors conseguiu retratar a metrópole americana com maestria. Assim como Hoover, ela não apenas mostra, mas também faz um verdadeiro “exposed” de um casal problemático, porém muito apaixonado: um publicitário maduro e festeiro, Frank, que cai nas graças da jovem artista britânica, Cleo.
Passeando pelas ruas da cidade que nunca dorme, o casal engata um romance marcado por arte, paixão e oportunidades. No entanto, também escondem um lado obscuro, com problemas pessoais que marcam o relacionamento de forma profunda e dolorosa. Assim, a obra de Mellors é uma representação factível do atual estilo de vida americano.
Autoestima em dia – ‘Depois do sim’ de Taylor Jenkins Reid
O que fazer quando um relacionamento está em crise? Se separar e seguir em frente? Não segundo Lauren e Ryan. Após uma década de casamento, eles se encontram em um ponto em que a convivência se tornou insuportável. Mas ambos se recusam em deixar para trás a história de amor que compartilharam nos arredores de um típico subúrbio americano.
Apaixonados e ressentidos, fazem um acordo um tanto quanto inusitado para tentar salvar ou colocar um ponto final no casamento. O ponto de partida é se conhecer, determinar seus limites e entender o que cada um procura em um relacionamento. Portanto, Taylor Jenkins Reid entrega um romance leve, divertido e que prende o leitor para descobrir o desfecho.
Romance distópico – ‘Fahrenheit 451’ de Ray Bradbury
Para aqueles que não apreciam tanto o romance água com açúcar e preferem histórias mais revolucionárias, ‘Fahrenheit 451’ de Ray Bradbury é a distopia perfeita. Dessa forma, a obra descreve uma realidade na qual o trabalho dos bombeiros consiste em queimar livros para reprimir o pensamento crítico e independente em uma cidadezinha nos Estados Unidos.
Em uma sociedade onde a única fonte de conhecimento e entretenimento é disseminada por telas, tudo muda quando o protagonista conhece Clarice, uma jovem que ousa sonhar e questionar o sistema imposto. Com uma reflexão sobre autoritarismo, manipulação e livre-arbítrio, é um clássico que está sempre se renovando, apesar dos anos nas prateleiras.