O Pixel Show 2024 foi palco para a apresentação de vários jogos de Brasília, revelando o talento e a criatividade de desenvolvedores indies e locais. A feira se destacou ao mostrar projetos que misturam arte, inovação e narrativa, levando o público a conhecer novas propostas do cenário de jogos da capital.

Entre as atrações, os jogos apresentados trouxeram uma diversidade de estilos e mecânicas, os quais tive a oportunidade de testar. Vamos conferir que jogos foram esses e seus pontos altos!

LEIA TAMBÉM: O que rolou na 19° edição do Pixel Show em Brasília

Educar Games com Odisseia

Odisseia tem como objetivo ser um jogo educativo, criando um ambiente diferente e divertido para o aprendizado. Funciona de maneira parecida com um RPG, onde você possui objetivos que levam a atividades a serem feitas, e durante esse percurso, enfrenta alguns inimigos e sobe de nível. Ao chegar nos objetivos, você encontra atividades ou vídeo aulas explicativas voltadas para o aluno, e segue em direção aos próximos desafios, mantendo o fluxo de aprendizado constante e dinâmico.

A recompensa por completar as tarefas é a possibilidade de personalização, editando seu personagem e até mesmo a casa onde ele vive. Eu, pessoalmente, acho que, se tivesse tido essa possibilidade na minha época, seria um ótimo incentivo para realizar minhas atividades, fazendo com que a evolução acontecesse tanto dentro do jogo quanto na vida real. Você pode saber mais sobre o jogo acessando o site oficial.

Fira Soft com Kriophobia

Como fã de jogos antigos no estilo de Resident Evil e Silent Hill, esse título imediatamente chamou minha atenção. Logo de cara, é possível perceber que há algo diferente na abordagem do terror, especialmente com a câmera fixa, que deixa o ambiente ainda mais tenso. Você controla a Anna em um cenário frio e assustador, e não é por acaso: o frio faz parte da mecânica do jogo, o que adiciona uma camada extra de desafio. A ambientação é muito bem feita e, para quem é fã de Silent Hill, a sensação de nostalgia é quase instantânea.

Além disso, uma das mecânicas interessantes é a necessidade de controlar a lanterna com o outro analógico, o que intensifica um pouco a dificuldade e se quiser dificultar ainda mais, é possível trocar para o “controle de tanque”. Para quem tem familiaridade com o estilo de jogos como Silent Hill, a adaptação será tranquila e o jogo certamente se torna uma experiência bem agradável, ou melhor, aterrorizante. Estou ansiosa para ver mais sobre esse título e acompanhar seu desenvolvimento daqui para frente. Caso queira saber mais, há uma página no Steam.

Cyber Monkey Studios com Cyberwar: Neon City

Esse jogo já havia chamado minha atenção antes, e eu estava ansiosa para testá-lo. Não tem como resistir a uma boa pixel art combinada com um ambiente cyberpunk – para mim, essa fórmula nunca falha em me atrair. Com a ajuda de uma arma feita de um tubarão vivo, você enfrenta inimigos em batalhas frenéticas. Confesso que, no começo, apanhei um pouco devido à dificuldade, mas como acontece com quase todo roguelite, a prática vai te ensinando aos poucos.

A arte do jogo é incrível, tanto a pixel art quanto os desenhos dos personagens, que destacam ainda mais a personalidade do jogo. A jogabilidade também não decepciona, sendo fluida e divertida, o que torna a experiência ainda mais envolvente. O jogo já esta disponível no Steam em acesso antecido e espero ter a chance de testar mais do jogo em breve!

Lunar Punk Studios com Retro Arsenal

É um projeto ainda no início, mas Retro Arsenal já tem seu charme. A proposta de incorporar poderes inspirados em jogos retro para derrotar monstros realmente chama a atenção. De certa forma, me lembra bastante jogos como Ultrakill, provavelmente por causa da arte. A mistura de 2D e 3D também traz uma dinâmica interessante, unindo o melhor dos dois mundos. Em alguns momentos, o cenário pode parecer repetitivo, mas acredito que isso melhore à medida que o projeto avança.

Apesar de estar em uma fase inicial, a ideia é bem bacana e tem potencial. É algo que vou acompanhar com interesse, pois tem tudo para se tornar uma experiência divertida e cheia de ação. O projeto tem uma página no itch.io caso queira saber mais.

S.E.R.A. GAMES STUDIO com Kingdom of Explorers

Esse jogo foi uma grande surpresa para mim. A princípio, achei que seria algo simples, não muito envolvente, mas o fato de poder jogar em co-op com até duas pessoas torna a experiência muito mais divertida. O jogo é bem intuitivo, com um objetivo claro: coletar recursos, expandir sua ilha e sobreviver aos inimigos que aparecem à noite. O objetivo final é derrotar os chefes e salvar a Ilha Escondida dos Anões. Passei um bom tempo jogando na feira e me diverti bastante.

Embora eu imagine que o jogo possa se tornar um pouco repetitivo a longo prazo, os 30 minutos que joguei foram bem divetidos. O jogo já está disponível na Steam, então você pode testar essa experiência e, definitivamente, recomendo jogar com outra pessoa para aproveitar e se divertir ainda mais.

Glitch Factory com To Kill a God

Quando bati o olho, só consegui pensar: “uau, que bonito!” Mais uma vez, caí nas graças da arte bonita. To Kill a God é um roguelite que, com certeza, vai te lembrar de jogos como Dark Souls ou Blasphemous, graças à sua estética, o que, para mim, é um grande ponto positivo. A jogabilidade é simples mas diverte, com ataques especiais e a possibilidade de escolher diferentes habilidades a cada fase passada, mas o que realmente me agradou foi a fluidez.

O jogo ainda está em fase de desenvolvimento, mas já me chamou bastante a atenção. Vou acompanhar e com certeza ficarei de olho nas atualizações. Caso queira saber mais, você pode conferir o link para a página do jogo no Steam.

Druzina Content com Winged

Winged me chamou muita atenção pela sua arte, que é simplesmente deslumbrante! A estética do jogo é vibrante, cheia de cores e detalhes, o que torna a experiência visualmente atraente e imersiva. A proposta de combinar literatura com jogabilidade é muito interessante, trazendo um novo conceito para os jogos educativos. A ideia de desbloquear livros clássicos e dar ao personagem novas habilidades, representadas por asas.

A jogabilidade é bem simples, com o avatar correndo automaticamente enquanto o jogador precisa se concentrar em desviar de obstáculos, pular e coletar mini-livros. A mecânica de ganhar novas habilidades conforme você avança, enfrentando inimigos e desbloqueando livros. A inclusão de uma função “Read For Me” também é uma excelente ideia para ajudar crianças em processo de alfabetização. Se você quiser saber mais sobre o jogo, pode conferir o site oficial para mais detalhes.