Estivemos no primeiro dia da maior feira de Ciência Espacial fora dos Estados Unidos, a 7º edição do Science Days Belo Horizonte. Acontecendo dentro das dependências da universalidade Newton Paiva, o evento voltado para alunos do ensino médio contou com dezenas de atividades, stands, e muito mais.

História da feira

Essa é a segunda edição da feira em Belo Horizonte, que é inspirada no Dia do Espaço, que acontece nos Estados Unidos, que visa abrir portas e expor oportunidades para crianças, jovens e público em geral, nas áreas STEM (Science, Technology, Enginnering and Mathematics). Além de Belo Horizonte, São José dos Campos e Sorocada receberam edições do evento este ano.

A organização e idealização é uma parceria das instituições, como a Newton Paiva com a Fundação Michaelis e a Agência Espacial Brasileira (AEB), além das Embaixadas Americana, Consulados dos Estados Unidos no Brasil e U.S. Commercial Service.

Na programação, oficinas, palestrantes internacionais, feiras e exposições, além de aulas práticas e bate-papo com especialistas. Um dos destaques da Science Days é a possibilidade dos alunos poderem experimentar as mais diversas áreas da ciência, além de poder conversar com stands de universidades e entidades.

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Foto: Mário Guedes

Stands e Exposições

Um dos stands que os alunos podem ter acesso é da Full Sail University no Brasil, que era comandado pela representante deles no Brasil, Liza Gabriel. A universidade é focada em áreas criativas, com foco no entretenimento e indústria da mídia. Alunos que gostam das áreas de música, arte e ou design podem ter a oportunidade de estudar na universidade fora do Brasil. O escritório deles no Brasil ajuda os alunos a poderem se inscrever, elaboram testes, ministram cursos para professores e acompanham os interessados.

Além disso, outro stand que faz a ponte entre os alunos e escolas americanas é a Education USA, rede oficial do governo americano para orientar os alunos que desejam estudar nos Estados Unidos. A orientadora Julia explicava para os interessados que a organização ajuda no processo de candidatura, nas provas, processos e seleções de universidades americanas no Brasil. Eles também realizam feiras para aproximas os alunos do ensino médio das universidades que tem interesse em recrutar alunos brasileiros para os Estados Unidos.

E não é somente as universidades estrangeiras que tem interesse, a UFMG através da BHTEC estava representada com um stand. A BHTEC, parque tecnológico de Belo Horizonte, tem um trabalho de criação e desenvolvimento de tecnologias. Funcionam como embrionários para novas empresas e é ligado a UFMG, a prefeitura de Belo Horizonte e o governo do estado. Um dos exemplos estava presente na feira, a empresa Ecovec, que desenvolve armadilhas para captura e monitoramento de vetores, como Aedes Aegypt, mosquito causador da dengue. A empresa, que fica sediada no parque atua nos setores públicos, como prefeituras e governos estaduais, mas também para o setor privado.

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Foto: Mário Guedes

Escolas também participam

Mas não é somente as empresas e universidades que participam, as escolas também tem papel importante nesse evento. Como é o caso do Colégio Santo Agostinho de Contagem.

Orientados pela Professora Cláudia Lopes, os alunos do primeiro ano do ensino médio através de um grupo de estudos, elaboraram uma casa sustentável. A professora de matemática explicou que o projeto faz parte do Novo Ensino Médio, onde atividades extracurriculares dentro do colégio proporcionam aos alunos a possibilidade de escolher um entre vários projetos, com objetivo de despertar o conhecimento e a descoberta de habilidades.

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Foto: Mário Guedes

É o caso dos alunos Zacarias e Maria Fernanda Guimarães, de 16 anos e Júlia Minelli, de 15 anos. Parte do grupo de alunos que desenharam o projeto da casa desde a planta até a maquete, eles demonstraram conhecido técnico na área, além da empolgação de estarem expondo o trabalho junto a grandes empresas e escolas do mundo todo. Ainda de acordo com a professora Cláudia, o projeto deste ano terá como foco um restaurante, que apresentará sustentabilidade e acessibilidade.

Outras alunas que chamaram atenção foram as jovens Giovana Gouveia de 14 anos e Nicole Rocha, de 15 anos, do primeiro ano da EFG – Escola do Sebrae. Giovana é fotografa e Nicole redatora em um jornal da escola chamado Jornal Sem Nome, que tem como objetivo dar voz aos alunos para poderem se expressar dentro da escola.

Além disso, também tem o foco de despertar habilidades em jornalismo, fotografia, escrita, desenhos, poesia entre outros. O jornal foi lançado em 2021 e é um projeto dos alunos mesmo, que extrapola as disciplinas. De acordo com Giovana, o espaço serve para os alunos se expressarem além de adquirirem habilidades para a vida fora da escola.

Feira contou com oficinas inéditas

Uma das oficinas mais disputadas era uma espécie de CSI, com estudo forense. Os alunos tiveram a oportunidade de trabalhar como inspetores de papiloscopia, que é o estudo das digitais humanas. Além disso também podiam participar das oficinas de produção de sabão, modelagem 3D, corte a laser em madeira, Arduino e eletrônica, mecânica automotiva, e outros.

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Foto: Mário Guedes

Um dos maiores destaques ficou por conta das oficinas de saúde, com noções de primeiros socorros, medição de pressão arterial, salvamento de bebês em engasgos e até ressuscitação por manobra mecânica. Tudo isso acompanhado de profissionais da própria instituição e alunos graduandos.

Com 50 anos de história, o Centro Universitário Newton Paiva possui dois modernos complexos em Belo Horizonte: o campus da saúde, na Av. Silva Lobo, e o campus da Avenida Carlos Luz. Atualmente a Newton Paiva oferece 50 cursos de graduação, divididos nas modalidades presencial e à distância.


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