Acesso à informação é um item primordial para o funcionamento de uma democracia. Afinal, é apenas com ele que a população é capaz de desenvolver opiniões com base no que realmente acontece no mundo e, com isso, tomar decisões mais benéficas tanto no dia a dia quanto nas urnas. Por esse e outros motivos, a Organização das Nações Unidas definiu o dia 28 de setembro (esta quinta-feira) como o Dia Mundial do Acesso Universal à Informação. Com isso em mente, separamos cinco séries para refletirmos sobre o que seria de nós, enquanto sociedade, se não tivessemos acesso à informação segura e de qualidade.
Chernobyl | HBO Max
O docucrama retrata as consequências da explosão na usina de Chernobyl, que aconteceu em 1986, durante o regime ditadorial da União Soviética. A forte radiação dizimou a natureza do local e devastou a vida que ali existia. Consequências do acidente assombraram os moradores pelos próximos vinte anos e a região permanece inabitável até hoje. Porém, não foi apenas a explosão que causou a morte de todos eles: a falta da liberdade de imprensa também.
Na época, a população se divertia olhando para o “pó brilhante” que vinha da usina porque não tinha dimensão do tamanho do desastre e sequer tinha ideia de que isso iria matá-los apenas por terem chegado perto. Ninguém tinha autorização para divulgar o que realmente estava acontecendo, o que fez com que a tragédia piorasse por falta de prevenção e informação.
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The Handmaid’s Tale | Globoplay
Inspirada no livro O Conto da Aia, de Margaret Atwood, a série se passa em um futuro distópico. Nele, os EUA se tornam uma nação refém de um grupo religioso radical, que transforma todas as mulheres em meras reprodutoras e dá todo o poder aos homens. Além disso, há a proibição da leitura para elas. Não há notícias, as pessoas não podem falar sobre problemas de suas vidas e a elite as vigia constantemente. Sem contar que os fatos são distorcidos para tentar passar uma imagem melhor do que a realidade.
Black Mirror | Netflix
A antologia distópica sobre tecnologia traz, em diversos episódios, a forma como os avanços tecnológicos podem ser utilizados para manipular informações. Eles focam sempre nas consequências negativas que isso traz. Um dos episódios da última temporada, “Joan é Péssima”, une os tópicos desnformação e o uso de nossos dados na internet. Nele, Joan aceitou os termos de uso de um streaming sem ler. Um tempo depois, acabou se deparando com uma série mostrando a sua vida quase que em tempo real, exatamente como era… ou quase. Se não fosse o fato de que o enredo distorcia os fatos para que Joan parecesse, realmente, “péssima”.
As questões que originaram o Dia Mundial do Acesso Universal à Informação foram justamente essas. “Com o uso dos dados dos cidadãos pela inteligência artificial, como podemos preservar a privacidade das pessoas? E como se proteger ou escolher que informações acessar e que princípios éticos adotar?
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Pandemia | Netflix
Ao longo de seis episódios, a série documental de 2019 mostra o trabalho de médicos que tentam combater crises sanitárias ao redor do mundo. Em diferentes cenários, há sempre um problema em comum: a desinformação. Em países africanos, espalha-se o boato de que a vacina contra o ebola é, na verdade, uma trama dos Estados Unidos para matar todos os africanos. Enquanto isso, nos Estados Unidos, grupos anti-vacina torna difícil a erradicação de doenças, estimulando famílias inteiras a cultivar as mais variadas teorias da conspiração sobre a medicação.
No Brasil, durante a pandemia do Coronavírus, tivemos uma situação bem marcante causada pelas fake news: supermercados mediam a temperatura corporal pelo pulso, na tentativa de evitar que infectados pelo vírus adentrassem o comércio e contaminassem outras pessoas. Porém, os especialistas da área da saúde afirmavam que, com o aparelho que estava sendo utilizado, o correto seria medir pela testa.
Fake: A Procura pela Verdade | Globoplay
A sinopse da série documental promete: “Em uma época em que recebemos notícias 24 horas por dia e uma quantidade infinita de informações está acessível com um clique no mouse, descubra como uma pessoa comum pode aprender a separar fato de ficção.”
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