No último domingo, Ailton Krenak marcou presença na Festa Literária da Fundação Casa de Rui Barbosa (FliRui). O escritor, líder indígena, ambientalista e ativista, afirmou que “Adiar o fim do mundo pode ser um convite a melhorar!”

Ao celebrar o encerramento da festa, Krenak então enfatizou a importância da construção de comunidades de afeto para a qualidade de vida coletiva. Ailton dividiu com o público que, há quarenta anos, não pensava que seria um autor, nem mesmo um autor conhecido. No entanto, ele é reconhecido no meio literário e em 2023 se tornou o primeiro indígena a integrar a Academia Brasileira de Letras.

Krenak disse ainda acreditar que“ a maioria de nós que fazemos arte, cinema, literatura, e produzimos algo que mobiliza a sociedade, não temos isso como projeto. A maioria de nós faz isso como a própria experiência de estar vivendo!”. Assim, o autor falou sobre a importância da oralidade, lembrando a presença da palavra e da memória bem antes da existência da escrita. Citando Leda Maria Martins e Conceição Evaristo, ele abordou a capacidade da humanidade de contar histórias e construir novos mundos através delas.

Imagem de capa: ABL/Reprodução