As criadoras do musical não oficial de Bridgerton estão sendo processadas pela Netflix. A Barlow & Bear, composta por Abigail Barlow e Emily Bear, fez sucesso no lançamento da primeira temporada da série ao postarem vídeos nas redes sociais dos diálogos cantados. Assim, os vídeos viralizaram e ganharam audiência mundial. A equipe inclusive venceu a categoria Melhor Álbum de Teatro Musical com ‘The Unofficial Bridgerton Musical’ no Grammy 2022.
Recentemente, Barlow & Bear realizaram um show ao vivo no Kennedy Center, em Washington, DC, esgotando o local. A Netflix afirma que fez “objeções repetidas” a respeito do show no palco, o qual vendeu um alto valor de ingressos. De acordo com o processo: “Os réus Abigail Barlow e Emily Bear e suas empresas (“Barlow & Bear”) tomaram propriedade intelectual valiosa da série original da Netflix, Bridgerton, para construir uma marca internacional para si mesmos. Bridgerton reflete o trabalho criativo e o sucesso arduamente conquistado de centenas de artistas e funcionários da Netflix. A Netflix detém o direito exclusivo de criar músicas, musicais ou quaisquer outros trabalhos derivados de Bridgerton baseados em Bridgerton. A Barlow & Bear não pode tomar esse direito – valorizado pelo trabalho árduo dos outros – para si, sem permissão. No entanto, foi exatamente isso que eles fizeram.”
Além disso, a dupla também planeja fazer uma turnê do musical, com data no Royal Albert Hall de Londres. O álbum ganhou repercussão mundial, o carinho dos fãs e alcançou o primeiro lugar nas paradas do iTunes EUA. A Barlow e Bear ainda não comentou o processo.
Lançada em 2020, Bridgerton se tornou a série mais vista da Netflix. A segunda temporada estreou esse ano (2022) e também conquistaram o topo da plataforma. Baseada nos livros de Julia Quinn, Os Bridgertons já eram um sucesso entre os leitores e a adaptação da Netflix aumentou ainda mais a repercussão. Assim, o musical também alcançou o sucesso com os fãs da obra.
Julia Quinn e Shonda Rhimes
A autora Julia Quinn comentou o caso:
“Abigail Barlow e Emily Bear são extremamente talentosas, e fiquei lisonjeada e encantada quando elas começaram a compor músicas de Bridgerton e compartilhar com outros fãs no TikTok. Há uma diferença, no entanto, entre compor no TikTok e gravar e executar para ganho comercial. Espero que Barlow & Bear, que compartilham minha posição como profissionais criativos independentes, entendam a necessidade de proteger a propriedade intelectual de outros profissionais, incluindo os personagens e histórias que criei nos romances de Bridgerton há mais de vinte anos.” -Julia Quinn
Além dela, a diretora Shonda Rhimes também comentou:
“Há tanta alegria em ver o público se apaixonar por Bridgerton e observar as maneiras criativas com que expressam seu fandom. O que começou como uma celebração divertida da Barlow & Bear nas mídias sociais se transformou em uma flagrante tomada de propriedade intelectual apenas para benefício financeiro da Barlow & Bear. Esta propriedade foi criada por Julia Quinn e trazida à vida na tela através do trabalho árduo de inúmeras pessoas. Assim como a Barlow & Bear não permitiria que outros se apropriassem de sua propriedade intelectual para fins lucrativos, a Netflix não pode esperar e permitir que a Barlow & Bear faça o mesmo com Bridgerton.” -Shonda Rhimes
Por fim, não sabe-se ainda quais serão os próximos passos do processo. Contudo, as músicas permanecem nas plataformas.