Assistimos a A Matriarca, novo longa distribuído pela Pandora Filmes. Com 91min de duração, o drama conta com a direção de Matthew J. Saville, e é estrelado por Charlotte Rampling e George Ferrier. Com a estreia marcada para 28 de março, A Matriarca promete uma história comovente para o seu público. Confira a sinopse abaixo:
Sinopse: Ruth (Charlotte Rampling) é uma renomada correspondente de guerra mas agora está aposentada. Ao invés de aproveitar esse momento de descanso, Ruth se sente entediada e acaba tentando se distrair por meio do álcool e resulta em uma perna fraturada.
Por outro lado, seu neto, Sam (George Ferrier) foi expulso do internato onde morava por conta da sua rebeldia que se aflorou após a morte de sua mãe. Por conta disso, ele é obrigado a ir morar com a avó, que até então não conhecia.
No entanto, o encontro entre os dois, antes violento, se torna um vínculo forte.
Sobre a história
O longa A Matriarca tem um curioso desenvolvimento de sua narrativa. Logo em sua introdução, o telespectador se depara com um começo denso e amargo, com um clima pesado. Fica nítido a tensão toda somente pelos diálogos curtos, em conjunto da fotografia mais fria.
Entretanto, o filme consegue enganar seu público, ao apresentar uma transformação atmosférica linear e natural. Isso é, o que era amargo, vai sutilmente tomando forma, seguindo em direção a algo leve e doce. E claro que essa mudança climática se deve a própria construção dos personagens de Charlotte Rampling e George Ferrier, e pela maneira em que eles constroem o seu relacionamento de maneira também natural.
Aliás, o próprio desenvolvimento da história segue um caminhar tão simples e conquistador, que chega a ser tocante e comovente ao longo dos acontecimentos da trama. Permitindo assim que emoções se aflorem ao decorrer do filme, tornando assim A Matriarca em uma experiência tocante e bem desenvolvida.
Uma história comovente entre avó e neto
Em A Matriarca, o público é convidado a sentir, refletir e se emocionar. As atuações de Rampling e Ferrier são pontos chaves para que o telespectador possa se identificar ou criar uma empatia com os protagonistas. Afinal, o longa traz uma trama forte envolvendo rejeição, solidão, luto e despedida, ao mesmo tempo em que se equilibra com perdão e esperança.
Assim, em meio a tal contexto, as atuações da dupla conseguem entregar uma performance emocionante e com química, além de se desenvolver em camadas convincentes e com muita simpatia.
Um detalhe que pode vir a atrapalhar um pouco na imersão se refere a aparência não tão juvenil do ator George Ferrier. Ou melhor, o ator possui apresenta traços marcantes de um jovem adulto que não condizem com os aspectos adolescentes do personagem. É apenas um detalhe, o qual não interfere em sua atuação ou na história em si. Mas pode sim causar uma quebra de imersão para algumas pessoas.
Novamente, é importante ressaltar que as atuações tanto de Ferrier quanto de Rampling são excelentes e bem temperadas, apresentando personagens com profundidades realistas e comoventes.
Vale a pena assistir a A Matriarca?
Em poucas palavras e sem muitas delongas, A Matriarca é um filme belíssimo e marcante, com uma história comovente e protagonistas que provocam empatia, reflexão e muita e muita emoção. A história tem seus momentos densos, mas que sabe como ir se transformando para algo leve. Tal transformação segue um ritmo próprio e natural, tornando o que era uma história amarga, em uma doce trama sobre relacionamentos.
A atuação da dupla dinâmica Charlotte Rampling e George Ferrier é conquistadora: ela caminha junto a história de forma sincronizada, ao mesmo tempo em que a performance de um acompanha a do outro e vice-versa. Há uma química bem trabalhada ali e que enriquece mais e mais a experiência. Assim, sem dúvidas, um dos pontos chave do longa é essa dinâmica entre os atores.
Portanto, A Matriarca é um longo simpático e comovente, com uma trama que e que vale muito a pena ser assistido, sim! Dessa forma, vale lembrar que A Matriarca estreia dia 28 nos cinemas.