Desejo proibido lançamento da Paris filmes para o cinema e tem produção e direção de Tomassz Mandes. O filme tem uma pegada muito parecida de 365 dias, outro filme de drama erótico com o ator Simone Sussina.
Em desejo proibido nós vamos conhecer a história de Olga, uma juíza de sucesso que acaba se envolvendo com Max, namorado de sua filha. A partir desse ponto um romance entre os dois acaba acontecendo, um romance bem turbulento, por assim dizer. Mas tudo muda quando a filha de Olga descobre a relação dos dois e tudo acaba mudando.
Desde o começo somos apresentados a carreira de sucesso de Olga ao mesmo tempo em que somos apresentados a vida nada convencional de Max. Como já disse antes Olga é juíza, e curiosamente é juíza de um caso em que Max é testemunha. O roteiro não explica muito bem sobre esse processo, não explica muito bem sobre o que Max está testemunhando, mas este elemento também serve como um pano de fundo para os dois começaram a se relacionar.
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Fotografia é ponto alto de um filme cheio de baixos
Preciso dizer que a fotografia do filme é muito bonita, tomadas em close up muito bem executados, paisagens muito bem representadas em tela, além da exploração dos corpos nus de maneira artística ser um diferencial por aqui. Mas infelizmente nada disso é suficiente para superar o roteiro confuso, cheio de furos, e uma morosidade nos acontecimentos que acaba atrasando, ou melhor, acaba tornando a experiência do espectador lenta e chata.
O filme tem muitas cenas de sexo, algumas quase explicitas, e todas muito bem fotografadas, mas algumas acontecem sem nenhum contexto. Claro, entendo perfeitamente que esse tipo de filme não teria pretensão de ser profundo, mas aqui é que mora o problema, uma vez que o roteiro se propõe a essa profundidade.
Ainda falando sobre o roteiro, o primeiro ato e o segundo ato não conseguem atingir ao proposito que aparentam ter, ou seja, ser profundo e dramático. Somente no final que o filme ganha um pouco mais de ardor, com a relação de Olga e sua filha se tornando cada vez mais inflamado pelo relacionamento entre a matriarca e Max. Inclusive, é preciso dizer que Simone Susinna quase não fala nesse filme.
Grande parte das cenas são de close em seu rosto e seu corpo, entre caras e bocas de sedução barata. Mas é importante destacar que isso não é um problema com o ator, mas sim com a proposta. E cá entre nós, considerando o filme ser o que é, as poucas falas dele são suficientes. A impressão que fica é que Simone não tem apelo nem capacidade de atuação, mas considerando outros trabalhos dele, precisamos diminuir a pena do coitado aqui.
Roteiro derrapa e não tem sentido
O roteiro é bem forçado em alguns momentos, como por exemplo ao colocar a Juíza Olga em seu gabinete fazendo sexo explícito com a testemunha na janela para todos verem. Isso não faz o menor sentido. Além disso, essa cena tem uma questão em aberto que intriga, se o fato aconteceu ou se é somente uma imaginação dela. E nunca saberemos a verdade.
Um dos assuntos que eu acredito fazer mais sentido seja sobre o etarismo. No filme, Olga é tida como uma mulher mais velha, e por isso, não poderia ter seus desejos sexuais atendidos ou buscados. Essa questão é bem tratada aqui quando ela não se importa com esses preconceitos e mesmo em dúvida, vive a paixão avassaladora com Max. Além disso, o filme trata bastante dos desejos sexuais reprimidos das mulheres, e como a sociedade (ainda) implica com isso.
As atuações conseguem ser boas considerando o roteiro, principalmente Katarzyna Sawczuk, que vive Olga. Por fim, esse filme talvez vá agradar quem deseja assistir um filme erótico sem pretensão de ter uma história minimamente coerente, mas que cumpre o proposito de ser quente e sexy. Ou não …