Crítica – Minha Irmã e Eu

Se tem uma coisa que um filme de comédia precisa é de atores que consigam tirar a risada com um simples olhar. E “Minha Irmã e Eu” conseguiu juntar Ingrid Guimarães e Tatá Werneck no mesmo filme.

Com uma história simples, mas até profunda, o longa dirigido por André Horta e roteiro de Célio Porto, Ingrid Guimarães, Veronica Debom, Leandro Muniz, consegue tirar boas risadas.

As irmãs Mirian e Mirelly nasceram no interior de Goiás, mas moram em cidades diferentes. Quando a mãe delas desaparece, as duas deixam de lado as diferenças e se unem para procurá-la, numa viagem que pode mudar suas vidas.

Roteiro busca harmonia entre drama e comédia

O filme se concentra boa parte do tempo na relação entre Mirian e Mirelly, duas pessoas completamente diferentes, com vidas diferentes, com visões de mundo diferentes, mas que compartilham um amor pela mãe, incondicional. Mas o que elas acabam descobrindo é que para poder honrar o amor que Dona Márcia (Arlete Salles), precisam unir forças e suas melhores características.

A história, que no começo parece ser sobre a relação entre filhas e mãe, na verdade, tem a mãe somente como pano de fundo para a descoberta da relação entre as duas. Cada uma com uma história, porém, ambas com suas dúvidas, seus sonhos deixados de lado, suas amarguras. Tal qual uma boa música sertaneja, e que diga-se de passagem, é quase como um roteiro para esse filme.

Elenco tem harmonia entre tipos de comédia

Com humores bem diferentes, foi interessante ver a somatória de estilos, Ingrid Guimarães e Tatá Werneck trouxeram todos os seus trunfos para a tela. Claro, Ingrid não é nenhuma novata, e trouxe consistência e solidez para a história, o que possibilitou que Tatá fosse simplesmente ela mesma. Aquela essência de nonsense que somente ela tem, então, está no filme. E é maravilhoso ver isso no cinema.

O longa também acerta bastante ao trazer convidados bem interessantes, como Lázaro Ramos e Iza, além de Chitãozinho & Xororó.

Vale a pena assistir no cinema?

Há bem de se dizer, que a comédia nacional acaba por trazer de vez em quando os mesmos tipos de história. Pois bem, aqui podemos ver uma comédia despretensiosa, que arrisca um RoadTrip como base para contar essa história de reaproximação e superação das diferenças por duas irmãs. O resultado é um filme leve, muito divertido, que eu indico para um cineminha de casal. A risada é garantida e no fim, ainda tem Chitãozinho & Xororó cantando Evidências.