As relações familiares são algo frequentemente abordado no cinema. Afinal, é onde nos descobrimos como pessoa, aprendemos o que é certo ou errado, e criamos conexões que duram a vida inteira. Minha Irmã e Eu, novo filme de comédia brasileiro estrelado por Ingrid Guimarães e Tatá Werneck estreia este mês. Durante uma coletiva, o Portal GeekPop News teve a oportunidade de conversar com as atrizes. Além disso, Susana Garcia (Minha Mãe é uma Peça 3), diretora do longa, também esteve presente no bate-papo.

Elas falaram um pouquinho de tudo, desde como surgiu a ideia até os momentos mais engraçados (e assustadores) das gravações. De acordo com Tatá, a ideia surgiu há muito tempo: “A gente queria já há algum tempo fazer um filme juntas. A gente passou por várias ideias, chegamos a pensar em um filme de fã com ídolo”, conta a atriz.

No entanto, segundo ela, a temática de irmãs acabou falando mais alto, visto que ambas queriam fazer um filme que gerasse identificação e retratasse esse vínculo tão visceral. Além disso, Ingrid sempre viu Tatá como uma irmã mais nova: “Eu sou 10 anos mais velha que ela [Tatá] e eu tenho duas irmãs, que são muito grudadas. Então acabei transferindo um pouco [desse sentimento], a Tatá é minha irmã mais nova.

A relação com a irmã também foi algo que influenciou a diretora do filme: “A minha relação com a minha irmã, a Mônica, me inspirou muito para levar pra esse lugar da intimidade de irmãs, do amor de irmãs. Você briga e 10 minutos depois já tá bem, sabe?”, conta Susana.

Minha Irmã e Eu
Foto: Ellen Soares

Comédia no Cinema

Para Susana Garcia, a comédia vai muito além da piada e pode gerar emoção. Assim, a mistura entre os dois é capaz de transformar os telespectadores: “Você sai preenchido, você sai transformado, alguma coisa te toca, sabe? Você sai com aquela vontade de indicar para o outro. Só a comédia, só a risada pura, fica superficial. Eu nem consigo fazer”, completa Susana.

Aliás, a diretora acredita no papel que a arte tem de mudar vidas. “Eu acho que de alguma forma a arte tem que dar uma mexida, tem que dar uma transformada, nem que seja em uma frase que o personagem fala ou na ação, alguma coisa tem que tocar e você sai dali mexido”, conta a diretora.

A diretora, que dirigiu e roteirizou a “trilogia” Minha Vida em Marte (2018), Minha Mãe é uma Peça 3 (2019) e, agora, Minha Irmã e Eu (2023), aborda assuntos similares em suas obras. “Eu sempre gosto de fazer filmes que a gente se identifica e pode se inspirar. Então, filme de família, de amor, eu sempre vou pra esse lugar, eu adoro”, conta Susana. Além disso, para ela, como a relação entre irmãos é para sempre, você sempre terá material para abordar o tema sobre uma ótica diferente.

Minha Irmã e Eu
Foto: Divulgação

Roteiro e projetos futuros

Não foi um projeto fácil de sair do papel. Além de atuar, Ingrid também participou do roteiro. De acordo com ela, passaram cerca de cinco autores pelo filme. Assim, quando Susana entrou no projeto, ele já tinha dois anos desde a sua concepção, e a diretora mudou muita coisa no filme.

“A gente escreveu praticamente durante a pandemia inteira online. Eu escrevo a minha vida inteira, mas eu não sou aquela roteirista que entende tudo de estrutura. Eu sou uma roteirista que é boa de ideia e de diálogo, então eles [os outros roteiristas] eram melhores de estrutura”, conta Ingrid. A atriz ainda completa: “Hoje em dia eu entendo mais de estrutura por causa desse filme”.

Quanto ao futuro, Susana promete muitas novidades. “A gente tem um projeto chamado Cinquentonas que é com a minha irmã Mônica Martelli e com a Ingrid, falando de mulheres que estão ressignificando a vida aos 50 anos. Então, vamos abordar a menopausa, mudança de profissão, separação, mulheres que estão reiniciando e também tem A Minha Vida em Marte 2. É um projeto que já estamos adiantados no roteiro, é um projeto bem bacana, que vamos dar continuidade trazendo o Paulo Gustavo de uma forma muito bonita na memória.

Foto: Ellen Soares

Química entre as atrizes

Apesar da química inegável, nem todas as cenas deram certo de primeira. Muitas vieram da improvisação das próprias atrizes. “A gente é completamente diferente, de jeito de interpretar, de jeito de ser, processo de trabalho, mas acho que eu me acostumei em relação a Tatá, porque os improvisos dela eu acho muito geniais e ninguém faz isso, então eu incentivo”, conta Ingrid.

Além disso, gravar em Goiás foi algo muito significativo para Ingrid, principalmente em Rio Verde que é a cidade de seu pai. “Pra mim, foi um resgate às minhas origens. Eu nem queria falar muito que eu sou de Goiânia, porque estava todo mundo elogiando o meu sotaque. Queria mostrar que era eu que tinha feito como atriz, mas não foi não”, brinca a atriz.

Minha Irmã e Eu
Foto: Ellen Soares

Minha Irmã e Eu também foi um projeto muito importante para Tatá, visto que ela teve que lutar contra muitos medos para estar nele. “É um filme muito especial, feito com muito carinho, eu enfrentei muitas barreiras para estar nesse filme. Estava no auge do pânico, eu não estava saindo de casa, então a gente tem muito orgulho desse filme. Venha assistir a gente com a sua família, porque eu tenho certeza que você vai se emocionar e se divertir muito”, finaliza a atriz e humorista.

O filme é uma produção da Paris Entretenimento, em coprodução com Paramount Pictures, Telecine, Simba e Globo Filmes. Além disso, a Paris Filmes ficou responsável pela distribuição do longa. Minha Irmã e Eu estreia dia 28 de dezembro nos cinemas de todo o Brasil. No entanto, você pode comprar a pré-venda e assistir o filme já no dia 23 de dezembro. Por fim, confira o trailer a seguir:

Sinopse de Minha Irmã e Eu:

De acordo com a sinopse oficial, na história, acompanhamos Mirian (Ingrid Guimarães) e Mirelly (Tatá Werneck), duas irmãs de Rio Verde, no interior de Goiás. Elas não realizaram o sonho da mãe, Dona Márcia (Arlete Salles), de se tornarem uma dupla sertaneja, seguindo caminhos opostos.

Mirian nunca saiu de sua cidade e se acostumou à rotina pacata do interior. Assim, ela vive em função da família e do lar, cuidando do marido, Jayme (Márcio Vito), dos filhos, Jayme Júnior (Jaffar Bambirra) e Marcelly (Nina Baiocchi), e da mãe. Por outro lado, Mirelly ostenta uma vida glamurosa nas redes sociais ao lado dos amigos famosos, como a cantora Iza.

Foto: Ellen Soares

A família acha que ela é um sucesso, mas tudo não passa de mentira. Ela está com todas as contas atrasadas, vive em um conjunto apertado e faz bicos como cuidadora dos animais de estimação das celebridades. Tudo começa a desandar quando Mirelly retorna a Rio Verde para comemorar o aniversário da mãe em uma luxuosa festa organizada por Mirian.

Depois de ouvir uma discussão entre as duas, Dona Márcia desaparece. Dessa forma, as irmãs devem se unir e se aventurar nas estradas de Goiás a fim de encontrar a mãe. Além disso, o filme conta com diversas participações especiais de cantores e atores interpretando eles mesmos. Taís Araújo, Lázaro Ramos e Chitãozinho & Xororó são alguns dos nomes que aparecem no longa.


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